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Cidades

Paralisação no HR tem adesão de 60%, afirma sindicato

Redação | 18/03/2010 07:26

Os servidores do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, cumpriram a promessa e amanheceram em greve hoje. Um grupo de cerca de 50 deles se concentra em frente à unidade, nesta manhã, onde faz uma manifestação, com apitos, nariz de palhaço e até um caixão simbolizando o suceateamento do estabelecimento.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Júlio Cesar das Neves, afirma que a paralisação tem adesão de 60% dos funcionários do hospital, que somam 1,8 mil. A meta, afirma, é atingir 70%, e manter trabalhando apenas os 30% exigidos por lei.

Maria Antonia Vargas, de 46 anos, procurou o Regional para a consulta da mãe, Carlinda Vargas, de 77 anos. "Já estava marcada há mais de mês", justifica.

As duas saíram de Jardim na manhã desta quinta-feira, apesar de saber da manifestação. Na portaria do HR, não conseguiu nenhuma informação, mas tem esperança de conseguir o atendimento, marcado para às 10h.

Já o morador do bairro Lageado, Vanderlei da Cunha Silva, 43 anos, chegou às 7h para marcar exame e retorno ao Cardiologista, mas encontrou guichês fechados. "Vou embora, porque já vi que hoje não vou conseguir nada aqui", reclamou.

A greve dos funcionários do HR é por reajuste salarial. Ao todo, eles reivindicam um aumento de 65%. Neves explica que desse percentual, 50% se referem a um reajuste concedido aos médicos e os outros 15% seriam para garantir ganho real.

O governador André Puccinelli (PMDB), após se reunir com representantes dos funcionários na terça-feira, já avisou que não negociará com grevistas. Puccinelli havia marcado uma nova reunião para quarta-feira que vem.

Como contraproposta, o governador ofereceu aos servidores do HR a incorporação aos salários de um abono de R$ 150,00 mais um reajuste de 4,5%.

Ao comentar a paralisação, os servidores que estão concentrados à frente do HR nesta manhã admitem o transtorno provocado aos pacientes, mas dizem, também, que a unidade já apresenta sucateamento.

O presidente do Sindicato nega cunho eleitoral, em ano de disputa pela sucessão estadual. Segundo ele, desde o início do atual governo, sempre houve colaboração da categoria, que fez paralisação uma vez.

Eles reclamam dos reajustes recebidos nos últimos anos. Dizem que foi zero em 2007, de 3% em 2008 e de 6% no ano passado.

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