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Cidades

PC culpa Justiça por "furo" em fechamento de cassino

Redação | 01/07/2010 13:26

A operação da Polícia Federal que fechou uma casa cassino ontem na Capital era investigada pela Polícia Civil desde o dia 21 de junho. A Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) recebeu denúncia sobre o local e havia requisitado um mandado de busca e apreensão à 2ª Vara Criminal de Justiça.

O titular da delegacia, Antonio Silvano Rodrigues Mota, solicitou o mandado no dia 22 de junho. O pedido foi classificado como "urgente". No dia 28 (segunda-feira), a juíza substituta Flávia Simone Cavalcante Costa solicitou mais informações sobre a casa cassino para liberar o documento. No dia seguinte, a PF realizou a operação e "tirou" das mãos da Polícia Civil a investigação.

Restou a Mota responder, no dia 30, que não era mais necessário a autorização judicial, já que a casa havia sido fechada pela PF.

Tanto a PF quanto a Deops confirmam que não houve cooperação entre as forças. De acordo com a assessoria da PF, eles não utilizaram mandado de busca e apreensão. Através do serviço de inteligência e, provavelmente, com agentes infiltrados no cassino, os federais entraram na casa e prenderam os dois responsáveis.

A PF apreendeu dezoito máquinas caça-níqueis e um casal identificado como dono das máquinas foi autuado em flagrante por contrabando, porque os equipamentos são de origem estrangeira e não possuíam documentação. Eles ainda estão detidos.

Mota diz que não é incomum agir sem mandado, mas apenas quando o flagrante é confirmado através das investigações. "Nós poderíamos ter entrado na casa, mas a informação veio através de denúncia anônima. Poderíamos arriscar e ser uma informação falsa".

No caso da Deops, é quase impossível realizar o serviço de inteligência, já que seus investigadores são "conhecidos" pelas quadrilhas. "Eles (bandidos) já nos conhecem. Então usamos o serviço de inteligência da Polícia Civil ou de outras delegacias. Mas não tem como usar sempre, já que eles também têm outras atribuições", explica o delegado.

Na operação, os investigadores fizeram campanas (observações) na casa e notaram movimentação suspeita. Com essas informações, a delegacia solicitou o mandado de busca e apreensão.

Ele conta que as quadrilhas que realizam a contravenção na Capital sempre denunciam um ao outro e, alguns, também realizam falsas denúncias para dificultar o trabalho da Polícia.

Mota diz que geralmente os juízes não tardam a liberar os mandados de busca e apreensão, mas também é normal solicitar mais informações.

Casa Cassino

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