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Cidades

Pela primeira vez, servidores da Iagro conseguem adiar votação de PCC

Fabiano Arruda e Wendell Reis | 22/05/2012 12:01
Servidores são contra a proposta de reajuste e Plano de Cargos e Carreiras enviada pelo Governo (Foto: Divulgação/Giuliano Lopes)
Servidores são contra a proposta de reajuste e Plano de Cargos e Carreiras enviada pelo Governo (Foto: Divulgação/Giuliano Lopes)

Servidores da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) conseguiram que o PCC (Plano de Cargos e Carreiras) da categoria não fosse à votação, prevista para a sessão desta terça-feira na Assembleia Legislativa.

Deputados consideraram como histórico o movimento que, pela primeira vez, pediu que o PCC não fosse votado, quando na maioria das mobilizações ocorre justamente o contrário.

O texto foi aprovado em primeira discussão e votação nesta terça, mas não seguiu para segunda votação por conta da falta de acordo entre líderes, o que deve ocorrer amanhã.

A manobra teve o objetivo de prolongar as negociações entre Governo e a categoria, além de não colocar o texto para ser votado de forma apressada.

O deputado Pedro Kemp (PT) afirmou que é a primeira vez em que vê uma mobilização para que um plano de cargos e carreiras não fosse votado.

O petista também criticou o Governo do Estado e declarou que há intransigência e falta de disposição para negociar.

Segundo ele, os parlamentares ficam em situação difícil diante do caso, já que não podem alterar um projeto do Governo.

Líder da administração estadual na Casa de Leis, o deputado Junior Mochi (PMDB) rebateu as declarações da oposição e garantiu que o Estado está disposto a negociar e que, inclusive, hoje pela manhã, assessores receberam representantes da classe na Governadoria. Ele defendeu entendimento entre as partes nas negociações para que a matéria seja votada.

Deputado mais antigo na Assembleia, Londres Machado (PR) também confessou que nunca tinha visto mobilização de servidores que pedem para que não seja votado aumento salarial e o PCC.

Entenda - A presidente do Sifems (Sindicato dos Fiscais Agrônomos de MS), Glaucy da Conceição Ortiz, foi à Casa de Leis hoje pela manhã e pediu que o PCC fosse retirado da pauta.

Por conta da solicitação, o deputado Pedro Kemp (PT) pediu a interrupção da sessão para que os parlamentares discutam o tema. Em seguida houve a aprovação do texto em primeira discussão e votação.

Segundo Ortiz, o maior problema é que a proposta apresentada pelo Governo do Estado abre brecha para remanejamento de servidores de acordo com a “conveniência” dos diretores das agências, enquanto ela defende que a transferência de uma unidade para outra seja feita por concurso.

Além disto, garante que os funcionários perderão o direito de adicional por insalubridade com o texto prestes a ser votado.

Por fim, diz que o pleito de reajuste salarial para a categoria tem de elevar o rendimento de R$ 2,8 mil para R$ 5,5 mil e não R$ 3,5 mil, conforme previsto na proposta.

A presidente do sindicato também afirma que a proposta de aumento dos ganhos vai beneficiar entre 70 e 80 servidores considerados de “classe A” da agência.

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