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Cidades

Pesquisa mostra que apenas duas cidades de MS planejam o transporte

Uma é Campo Grande, que tem mais de 800 mil habitantes, e investe em mobilidade. A outra é Bodoquena, que tem 1% da população da Capital

Aline dos Santos | 04/07/2013 17:06
Plano municipal de transporte é ignorado por 76 cidades. (Foto: Marcos Ermínio)
Plano municipal de transporte é ignorado por 76 cidades. (Foto: Marcos Ermínio)

Das cidades de Mato Grosso do Sul, apenas duas têm plano municipal de transporte. Uma é Campo Grande, que tem mais de 800 mil habitantes e precisa investir em mobilidade para que os moradores do município com a maior população do Estado possa ir e vir.

A outra é Bodoquena que, com 1% da população da Capital, foca o planejamento no transporte escolar. Conforme a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros 2012, divulgada pelo IBGE, as outras 76 cidades não dispõe do planejamento específico.

De acordo com o coordenador do Departamento de Trânsito de Bodoquena, José Cânepa Penajo, o plano de transporte existe há oito anos. “Tinha muito ônibus em estado precário. A frota foi renovada e cada veículo tem um monitor”, afirma. No município, que tem 7.895 habitantes, a frota escolar é de 25 veículos, entre van e ônibus.

Em Campo Grande, que tem transporte coletivo urbano e frota de 475 mil veículos, o desafio é manter a circulação das pessoas. Agora, a Prefeitura pleiteia R$ 180 milhões para contemplar obras como vias exclusivas para ônibus, sinalização horizontal e vertical, revitalização dos noves terminais do transporte urbano, construção de terminais no Parati, Cafezais, São Francisco e Tiradentes.

Segundo o titular da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana foi elaborado entre 2007 e 2009. O estudo foi feito pela Logitrans, empresa do Paraná. O documento é uma condição para que a Capital busque recursos em programas do governo federal.

O plano previa construção de terminais, implantação de sinalização turísticas e a criação de uma central de operação para controle do tráfego. Segundo o secretário, a última recomendação é o maior desafio.

Especificamente no transporte coletivo urbano, chama atenção a queda de passageiros. “Em 1998, eram 250 mil passageiros por dia. Em 1999, reduziu para 199 mil”, afirma Semy. Outro gargalo apontado foi a baixa velocidade de circulação dos ônibus, em média 21 km/h. “Por isso, os corredores exclusivos”, explica.

Ainda conforme a pesquisa do IBGE, 44 das 78 prefeituras contam com estrutura específica do transporte. Destes, um tem secretaria municipal específica, 11 são em conjunto com as pastas de obras públicas, 22 são subordinadas a outras secretarias, sete estão subordinadas diretamente aos prefeitos e três são órgãos de administração indireta.

Sem metrô, a maioria das cidades sul-mato-grossenses conta, com serviço de táxi (71 municípios), vans (64 cidades) e mototáxi (58).

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