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Cidades

PF ouviu vereador sobre municipalização da Sanesul

Redação | 07/07/2009 09:36

O vereador Marcelo Barros (DEM), que esteve na delegacia da Polícia Federal de Dourados, prestando esclarecimentos, contou que o processo de municipalização da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) também é investigado durante a operação Owari, que esta manhã cumpre 42 mandados de prisão.

Diferente do que foi informado inicialmente, Marcelo diz que não teve prisão decretada mas atendeu a um "pedido de esclarecimento" pela PF. "Como sou da oposição e votei contra a municipalização da Sanesul foi consultado", disse em entrevista ao Campo Grande News .

Segundo ele, a PF apurou que "houve um grande acordo" para que a Câmara que de Dourados aprovasse a municipalização da Sanesul e a concessionária posteriormente passasse às mãos da família Uemura.

Foram presos esta manhã o empresário Sizuo Uemura e sua esposa, Helena. Ele é apontado como o homem mais rico e poderoso de Dourados, tem concessionárias de veículos, vários imóveis, dentre eles o prédio onde funciona o Hospital da Mulher e detém monopólio dos serviços funerários na cidade.

Fraude envolvendo o setor de Saúde é apontada pela PF como motivo principal da ação.

Conforme apurado pela PF, a organização criminosa envolvendo os Uemura, tinha vantagens com a Prefeitura explorando serviços públicos sem processo licitatório. Para isso, funcionários públicos eram corrompidos.

A organização criminosa tem ramificações em Campo Grande, Ponta Porã, Naviraí e nas cidades paranaenses de Guaíra e Umuarama. Foram dois anos de investigação da PF.

Há informações de que estão na delegacia o presidente da Câmara de Vereadores de Dourados, Sidlei Alves (DEM), o vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PR), o secretário de Habitação, Jorge Dauzaker, o secretário de Governo, Darci Caldo, o secretário de Obras, Carlos Iores, secretário de Saúde, Sandro Bárbara, o ex-prefeiro, Laerte Tetila e seu filho, André Tetila, além do ex-secretário de Saúde do Estado, Paulo Esteves.

As prisões foram deferidas pela juiza Dileta Souza Thomaz, da 1ª Vara Criminal de Dourados.

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