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Cidades

Polícia volta a analisar fichas de clínica de aborto

Redação | 06/06/2008 14:20

A Polícia Civil retomou a análise das fichas das mulheres que estiveram na Clínica de Planejamento Familiar, da médica Neide Mota Machado, acusada de aborto.

De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues, as fichas serão separadas por data de atendimento. As datadas de antes de 1999 serão encaminhadas para Justiça com pedido para que seja extinta punibilidade, pois o crime já prescreveu.

As mulheres que foram atendidas a partir de 2000 e houver indícios de que fizeram abortos, serão chamadas para depor e poderão ser indiciadas. A delegada estima terminar a análise de 9,8 mil fichas até o fim deste ano.

As fichas foram apreendidas na clínica de Neide em abril do ano passado, quando as investigações começaram. Estão cadastradas na Polícia Civil com nome completo,

data de nascimento, data da consulta, se havia ou não: declaração de aborto retido; avaliação psicológica; exame de ultra-sonografia e se constava nome de acompanhante.

A polícia pretende chegar às pessoas que fizeram abortos pela análise de ultra-sonografia com idade gestacional - feto vivo -, declaração de que estaria se submetendo a curetagem de feto morto retido, anotação do valor pago, receituário preenchido, avaliação psicológica e ficha de prescrição médica.

A partir destes dados é que a polícia irá definir quem deverá ser chamada para depor.

A análise das fichas é em atendimento a uma determinação da Justiça, a pedido do MPE (Ministério Público Estadual), que já denunciou algumas mulheres que fizeram abortos e cinco funcionários da clínica, que chegaram a ser presos, assim como Neide. Todos respondem ao processo em liberdade.

A Clínica de Planejamento Familiar funcionou por cerca de 20 anos na Rua Dom Aquino. A polícia só começou a investigar após denúncia exibida em um telejornal.

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