Policiais civis fazem nova paralisação na terça-feira
Policiais civis e papiloscopistas farão nova paralisação na terça-feira (05/05). Eles irão deixar os postos de trabalho e fazer panfletagem no Centro de Campo Grande.
Já os policiais militares, analisam amanhã se aderem à manifestação. Eles aguardam ser recebidos amanhã pelo governador, André Puccinelli (PMDB), embora a reunião não esteja agendada.
Agentes penitenciários descartam se unir ao grupo de manifestantes na terça-feira. O presidente do sindicato que representa a categoria, Fernando Anunciação, explica que não é possível abandonar os presídios.
Anunciação exempilfica a situação do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande, onde estão presos 1.600 homens.
O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), coronel da Polícia Militar, Deusdete Oliveira, ameaçou penalizar servidores ligados ao órgão que deixassem de trabalhar para participar do protesto.
Mesmo longe de chegar a um acordo, já que os policiais pedem 18% de aumento e o governo oferece apenas 6%, o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Melo Irmão, considera positivo o saldo da manifestação. "Mostramos a cara para o governador, mostramos que a classe está mobilizada e na luta", completa.
Os policiais exigem que o salário chegue, até 2014, a 60% do rendimento dos delegados. Para que a projeção se concretize, o governo teria que conceder 18% a cada ano até chegar em 2014.
Em 2008, o salário subiu 3%, neste caso, houve o que os policiais chamam de aumento linear. Como o índice não acompanha o crescimento da inflação, eles afirmam que ano passado não teve aumento.
A categoria irá amanhã à Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul para pedir apoio dos deputados em relação ao pleito.
