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Cidades

Policiais da Depac silenciam e acesso a BO é dificultado

Redação | 24/07/2010 10:22

Nos últimos dias o acesso da imprensa a informações sobre ocorrências policiais está mais difícil na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), em Campo Grande.

Muitos registros, de casos relevantes, como homicídios, não têm aparecido no SIGO (Sistema Integrado de Gestão Operacional), sem que estejam sob segredo de justiça ou qualquer outra justificativa.

Na quinta-feira, repórter do Campo Grande News esteve na delegacia para a ronda habitual e foi informada de que não poderia consultar os boletins de ocorrência, teria acesso somente aos que estão disponibilizados no SIGO e que outras informações só poderiam ser obtidas na assessoria de imprensa da Polícia Civil.

Na manhã deste sábado o delegado Cláudio Zotto reforçou que a determinação é que as informações saiam somente do responsável pelo departamento de comunicação.

Ao saber de informações apuradas pelo Campo Grande News sobre homicídio ocorrido no bairro Zé Pereira o delegado sugeriu que o texto não incluísse alguns relatos para não prejudicar o curso das investigações.

A reportagem tentou entrar em contato com o delegado Jefferson Nereu Luppe, responsável pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, mas ele não atendeu o celular.

O acesso a informações sobre ocorrências policiais tem se tornado cada vez mais difícil. No Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), os telefones fornecidos à imprensa raramente são atendidos.

Além disso, há clara distorção entre os números divulgados no balanço da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), alimentado pela Secretaria de Estado de Saúde e que integra a base de dados do Ministério da Saúde.

Enquanto o sistema da Saúde aponta uma média de duas mortes a cada 24 horas, a Polícia informa números que mostram média inferior a três mortes a cada 48 horas.

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