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Cidades

Por reajuste, terceirizados da Enersul suspendem leitura e manutenção

Paula Maciulevicius | 20/11/2012 10:59
Funcionários param hoje e anunciam greve para segunda-feira, por tempo indeterminado. (Foto: Simão Nogueira)
Funcionários param hoje e anunciam greve para segunda-feira, por tempo indeterminado. (Foto: Simão Nogueira)

Os funcionários da empresa Engelmig, que presta serviços para a Enersul cruzaram os braços nesta terça-feira e já anunciam greve a partir de segunda se não houver negociação. Desde as 7h da manhã, leituristas e eletricistas estão em frente à empresa em protesto a contra a proposta de reajuste apresentada.

A categoria pede que o salário seja equivalente ao piso, de no mínimo, R$ 1.350. A empresa propôs reajuste de 4% em cima de R$ 622, o que foi considerado irrisório, pelos trabalhadores.

“Estamos brigando pelo piso já tem alguns anos. A contraproposta deles foi apresentada ontem à noite, hoje cedo nos reunimos e ela foi reprovada pelos trabalhadores”, relatou o secretário geral do Sindicato, Natanael Cavalheiro.

A briga pelo reajuste salarial afeta todo o Estado. Em Campo Grande, são 350 funcionários entre leituristas e eletricistas parados.

A categoria em Dourados, que corresponde a 130 trabalhadores, deve paralisar logo mais, ao meio-dia. Em todo o Estado, os terceirizados que prestam serviço para a concessionária de energia passam de 500.

O sindicato espera até segunda-feira para negociação, caso contrário, iniciam a greve. “Se até lá não melhorar a proposta, vamos entrar em greve por tempo indeterminado”, reforça Natanael.

Com a paralisação desta terça-feira, logo pela manhã, a empresa já tinha oferecido 5% de reajuste. O que também foi negado pela categoria. A luta pelo salário base é antiga, dizem os funcionários.

“É irrisório este aumento. São R$ 26 muito abaixo da expectativa. O salário já está muito defasado”, comentou o leiturista Márcio Silva, 33 anos.

Leiturista Marcelo Oliveira reivindica a equiparação salarial com o recebido pelos funcionários da Enersul. (Foto: Simão Nogueira)
Leiturista Marcelo Oliveira reivindica a equiparação salarial com o recebido pelos funcionários da Enersul. (Foto: Simão Nogueira)

Para quem trabalha na área há mais de 15 anos, como o leiturista Marcelo Oliveira, 31 anos, agora não tem como voltar atrás.

“Estamos reivindicando equiparação com o salário dos funcionários da Enersul. Somos contratados como terceirizados, mas tratados como quinterizados. Só o ticket deles é R$ 700, é uma diferença muito grande. E a gente leva o nome da Enersul, o consumidor abre a porta para a gente, vendo a Enersul. Não temos plano de carreira. Isso é um desabafo”, finaliza.

A cidade de Corumbá também vai paralisar durante a tarde. Com a adesão do município, serão três das principais cidades que interrompem o serviço de manutenção e leitura de relógio de luz.

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