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Cidades

Prejuízo com greve dos bancos pode gerar ação judicial

Redação | 07/10/2010 14:58

Os clientes que tiverem prejuízos com a greve dos bancários, que já completa nove dias, podem entrar na Justiça com pedido de indenização por danos morais ou materiais.

A orientação é do superintendente do Procon em Campo Grande, Lamartine Ribeiro, que também recomenda às pessoas procurarem o órgão de defesa e registrar reclamação, mesmo que não haja obrigação legal da instituição financeira de manter atendimento pessoal à clientela.

Lamartine explica que a reclamação ao Procon pode garantir uma negociação com as instituições relativa a juros que venham a ser cobrados ou ainda embasar uma futura ação judicial. "Vai ficar registrado que o consumidor pelo menos tentou resolver a situação".

Por causa da greve, pagamentos de boletos direto no caixa e até depósitos estão sendo prejudicados. Na Caixa Econômica Federal, os envelopes para déposito não estão sendo repostos, porque não há quem processe as operações.

Clientes também reclamam de dificuldade para sacar dinheiro. O engenheiro Andre Amaral de Souza, 34, relatou esta manhã que teve de ir a quatro agências do Banco do Brasil para fazer um saque. "Perdi tempo, gastei combustível e me atrasei para o trabalho".

André também está preocupado em relação ao pagamento de um boleto que deve ser feito na boca do caixa, mas o banco no qual precisa fazer a operação não está mantendo nenhuma agência aberta.

Embora a lei não especifique um mínimo de serviços que devem ser mantidos pelos bancos em caso de greve, o superintendente do Procon afirma que o credor precisa fornecer ao devedor uma alternativa de pagamento. "A pessoa deve ligar para os serviços de atendimento e cobrar essa solução. Se não conseguir, deve registrar reclamação e avaliar a alternativa de uma ação judicial, caso tenha prejuízos morais e materiais".

A inscrição do nome nos serviços de restrição ao crédito é um exemplo de dano moral.

A paralisação- Em seu nono dia, a greve dos bancários mantém 100 agências bancárias fechadas em Mato Grosso do Sul, segundo balanço divulgado hoje.

Segundo o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, a maioria das agências fechadas está na Capital.

O boletim do Sindicato informa que 1.948 bancários não estão trabalhando no Estado, 1,2 mil deles em Campo Grande.

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