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Cidades

Processo de calote com bitcoins tem audiência dia 24 para rastrear dinheiro

Com ordem da Justiça, serão acessadas contas que tiveram login e senha identificados pelo MP/MS

Aline dos Santos | 04/01/2019 10:21
Operação Lucro Fácil cumpriu mandado de busca na MinerWorld, localizada em edifício de Campo Grande. (Foto: Saul Schramm/Arquivo)
Operação Lucro Fácil cumpriu mandado de busca na MinerWorld, localizada em edifício de Campo Grande. (Foto: Saul Schramm/Arquivo)

Enquanto Cícero Saad, réu na ação civil coletiva que apura suspeita de pirâmide e calote com a criptomoeda bitcoin, oferta uma nova plataforma sobre moedas virtual, a Justiça fará no dia 24 uma audiência para rastrear contas em busca de dinheiro. A medida foi determinada pelo juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho.

Na audiência, serão acessadas contas que tiveram login e senha identificados pelo MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). E, sendo possível, fazer a transferência de criptomoedas que possam existir para a conta judicial.

Na busca por valores, o magistrado determinou bloqueio de bens e solicitou informações para as corretoras (exchange) no Brasil e no exterior. Com os procedimentos são lentos e burocráticos, a audiência vai agilizar a procura de bens.

Caso não sejam encontrados valores, vai ser possível identificar quanto tinha, para onde foi transferido e quem sacou. A ação, fruto da operação Lucro Fácil, já tem 8.430 páginas e 301 pessoas que cobram prejuízo.

A operação Lucro Fácil foi realizada em 17 de abril de 2018 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Os mandados foram cumpridos nas sedes das empresas MinerWorld, Bit Ofertas e Bitpago, em Campo Grande e São Paulo, além das residências dos respectivos sócios.

A suspeita de pirâmide foi denunciada à CVM (Câmara de Valores Imobiliários), que acionou o MP/MS. A Câmara de Valores Mobiliários concluiu que a MinerWorld aparenta dispor proposta fraudulenta com características de pirâmide financeira.

A MinerWorld negou irregularidades e afirmou ter sido vítima de uma fraude que rendeu prejuízo, em abril , na ordem de R$ 23,8 milhões – e que teria ocasionado as reclamações dos investidores que, desde 2017 alegam não conseguirem realizar saques de seus investimentos.

Grande problema - No vídeo, Saad, da MinerWorld, deu explicações para parceiros. “Olá, ‘Miners’. Sou Cícero Saad, estamos em dezembro de 2018, estou aqui fazendo esse vídeo para esclarecer para cada um de vocês um pouco do que está acontecendo com a empresa”, começa.

Saad também voltou a dizer o que teria sido o grande problema da empresa. “Como todos sabem, o grande problema da Miners foi decorrente a um hacker das contas da Poloniex, que nossos advogados do Brasil e dos EUA estão Trabalhando em conjunto para recuperação desses valores. Acredito que voltará em breve”, anunciou o presidente, apresentando a ferramenta em seguida.

A reportagem entrou em contato com o Ministério Público, que está em regime de plantão, e foi informada que a partir de segunda-feira (dia 7) pode consultar a promotoria que denunciou Saad sobre a legalidade da nova plataforma. (Matéria editada às 10h36 para acréscimo de informação) 

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