Promotor pede a interdição de presídio em Corumbá
O promotor de Justiça Gerson Eduardo de Araújo pediu a interdição do Presídio Masculino de Corumbá, por conta da superlotação. Como justificativas, o representante do Ministério Público Estadual cita irregularidades "que vão contra a dignidade e os direitos humanos".
Apesar de ter capacidade para 170 presos, hoje 540 estão no local. "O número excedido dá origem a outros problemas, como a insuficiência de agentes penitenciários", alerta o MPE.
Como no resto das unidades penais distribuídas por Mato Grosso do Sul, uma das maiores deficiências é o número de servidores por plantão. Em Corumbá são 20 funcionários durante o dia e 5 nos plantões.
Outros problemas encontrado na unidade são falta de atendimento médico e ausência de equipamentos fundamentais para a contenção dos detentos, como cerca elétrica, detectores de metais e câmeras. Os equipamentos que existem estão quebrados, apenas uma câmera funciona, relata o MPE.
"O Ministério Público pede ainda a abertura de uma Cadeia Pública em Corumbá, igual ao local onde os presos provisórios estão recolhidos, e também a construção de novo presídio na cidade ou da ampliação do já existente", detalha por meio de nota da assessoria.