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Cidades

Psicóloga do SOS é ouvida sobre morte de Rafaela

Redação | 20/10/2010 16:38

Testemunha de acusação contra a mãe e o padrasto que respondem pela morte da menina Rafaela, de apenas 3 anos, em crime cometido em fevereiro deste ano, uma psicóloga do SOS foi ouvida nesta tarde na 1ª Vara do Tribunal do Júri e de Crimes Dolosos contra a Vida pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

O depoimento durou menos de meia hora, teve início às 13h30 e terminou antes das 14h.

Conforme o advogado de defesa da mãe de Rafaela, Edison da Costa, a psicóloga contou em depoimento que foi à casa da família dez dias antes da morte da criança para checar uma denúncia anônima de maus-tratos.

Segundo ela, Rafaela apresentava lesões, mas a funcionária do SOS não tomou nenhum procedimento porque a criança relatou que tinha caído.

Como não encontrou nenhuma outra situação que indicasse maus-tratos, a psicóloga mandou encaminhar a criança a um hospital e encerrou o atendimento técnico.

Durante a oitiva, a defesa questionou se ela teria autorização para tirar a criança da mãe caso ela estivesse em situação de violência.

Conforme o advogado, a funcionária do SOS confirmou que poderia ter tirado a criança da mãe, mas não o fez por não ter constatado nenhuma situação de violência.

O advogado diz que Renata Dutra, de 22 anos, mãe de Rafaela, chegou a ir ao Fórum nesta tarde, mas ele conseguiu dispensa. Em razão do abalo emocional, ela nem entrou na sala.

Handerson Candido Ferreira, de 25 anos, padrasto da menina, também não compareceu. O advogado dele, Irajá Pereira Messias, o depoimento foi incipiente por não entrar no mérito se os acusados são culpados ou inocentes.

Ele contou que enquanto o processo tramita na Justiça, Handerson mora e trabalha com o pai em Coxim. A funcionária do SOS foi a última testemunha de defesa a ser ouvida.

O próximo passo é a oitiva das testemunhas de defesa e depois o interrogatório dos réus.

Na 1ª do Tribunal do Júri e de Crimes Dolosos contra a Vida a informação é de que o juiz Carlos Alberto Garcete não pode dar informações nessa fase do processo.

Caso - Rafaela morreu no dia 28 de fevereiro depois de ser espancada. Laudo necroscópico que subsidiou o inquérito atestou que a criança agonizou por pelo menos 24h antes de morrer.

Conforme a delegada que indiciou a mãe e o padrasto da garota, eles não prestaram socorro à criança, que teve fraturas, lesão cerebral e hematomas em várias partes do corpo.

Na casa em que vivia a família, no bairro Amambaí, foram encontradas pela Polícia Civil faixas com fezes e vômito indicando as más condições em que a criança vivia.

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