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Cidades

Quadrilha usava nomes de moradores de MS para sonegar impostos

Maioria dos alvos da PF no Estado não sabia que era laranja de empresários do Paraná

Nadyenka Castro | 17/10/2012 15:47

Quadrilha do Paraná investigada pela PF (Polícia Federal) por lavagem de dinheiro usava nomes de moradores de Mato Grosso do Sul para sonegar impostos. De acordo com a PF, a maioria destas pessoas não sabia que a identidade delas estava ligada à empresas.

A PF investiga desde 2008 integrantes de uma família de Maringá, Paraná, que constituíram diversas empresas, no ramo de autopeças, utilizando laranjas. Como parte deste trabalho, nesta quarta-feira foi deflagrada a operação Laranja Mecânica, com objetivo de cumprir 44 mandados de busca e apreensão e 35 para condução coercitiva.

As ordens foram cumpridas em Maringá e Curitiba (Paraná), São Paulo, Caxias do Sul (Rio Grande do Sul) e Iguatemi e Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul.  Também houve sequestro de bens.

Em Maringá, onde fica o núcleo financeiro da organização, foram ouvidas mais de 35 pessoas, todas indiciadas por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica.

No Estado, foram ouvidos moradores de Iguatemi, Sidrolândia e de outros municípios próximos a esta cidade, conforme a PF.

Também em Maringá, foram apreendidos oito veículos de luxo – entre eles BMW X6, Land Rover - e de R$ 40 mil a R$ 50 mil em espécie que estavam em cofres de diversos imóveis da família e houve sequestro de uma casa.  

Em Curitiba, capital do Paraná, houve apreensão de seis automóveis de luxo, entre eles um Landau, tipo cadilac, que estava sem placas e teria sido contrabandeado do Paraguai.  Este estava com o ‘cabeça’ do grupo. Em São Paulo foram apreendidas 15 carretas.

Quadrilha – De acordo com a PF, 40 empresas estão diretamente envolvidas na quadrilha, que conta com 500 pessoas. O núcleo do grupo é em Maringá e orientava pessoas sobre o esquema de abertura de empresas e lavagem de dinheiro.

A quadrilha é divida em três grupos: o primeiro formado por integrantes e pessoas ligadas à família, que sabiam da sonegação e dolosamente emprestavam o nome. O grupo dois tem como integrantes moradores de São Paulo que vendiam os nomes, recebendo de um salário mínimo a um mil reais por mês.

O terceiro é composto, na maioria, por pessoas que moram em Mato Grosso do Sul. Quase todas são de baixa renda, semianalfabetas, de boa fé. Pessoas que não conseguiam benefícios sociais dos governos, porque, quando encaminhavam os cadastros, era verificado que eram donas de empresas.

Por causa destas situações e de outras verificadas antes de 2008, é que a PF iniciou as investigações que resultaram no desmantelamento da quadrilha.

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