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Cidades

Secretaria anula nomeação de agente que foi preso em 2009 pelo Gaeco

Marta Ferreira | 23/01/2012 16:03

A Secretaria de Fazenda vai anular a nomeação para a chefia da agência fazendária de Alcinópolis do agente tributário Aridalton José de Sousa, que é alvo de processo na Justiça por envolvimento em esquema de soneçação de impostos descoberto em 2009.

O secretário de Fazenda, Mário Sérgio Lorenzeto, afirmou ao Campo Grande News que a publicação foi um erro. Segundo ele, assim que o erro foi percebido a anulação foi determinada.

O secretário afirmou que os 8 funcionários do Fisco que chegaram a ser presos pela operação Cupim, em maio de 2009, “infelizmente” foram liberados pela Justiça e voltaram à secretaria, mas foram colocados em funções nas quais não há proximidade com dinheiro.

No dia 13 deste mês, havia sido publicada pela Secretaria a resolução do processo administrativo sofrido por Aridalton e pelos outros sete agentes tributários, considerando-os inocentes.

Na Justiça, o caso ainda corre. Junto com 8 pessoas, a maioria empresários, eles são acusados de um esquema de sonegação envolvendo madeira. À época, Aridalton comandanva o posto fiscal de Sonora, na divisa com Mato Grosso.

Os réus já apresentaram defesa prévia e agora o caso está fase de coleta de depoimentos. Isso inclui a expedição de cartas precatórias para o Mato Grosso, o que torna essa fase demorada.

Memória-Quando a investigação foi tornada pública pelo Gaeco, no dia 11 de maio de 2009, Aridalton chegou a ser preso, e depois foi libertado por decisão judicial.

Conforme o MPE (Ministério Público Estadual), o empresário Júlio Alberto Pereira Pinto liderava o esquema de sonegação. Ele residia em Sinop (MT) e coordenava suas empresas Silver Line Transporte e Logística Ltda e J.A. Pinto Transporte Ltda, ambas com sede no endereço residencial dele. As empresas, conforme a denúncia, levavam madeira de Mato Grosso para São Paulo, Santa

Catarina, Paraná e passavam por Mato Grosso do Sul.

Segundo as investigações, Julio pagava agentes tributários estaduais para cuidar de veículos fossem passar pela fiscalização. As notas fiscais eram duplicadas, ou seja, usadas por mais de um veículo.

Os valores contidos na nota também estavam abaixo do mercado e o peso não condizia com o real.

A Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) estimou, quando o escândalo veio à tona, que tenha conseguido recuperar R$ 700 mil com a operação.

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