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Cidades

Sem policiais, HU não notifica casos de violência

Redação | 22/11/2010 09:58

Enquanto as discussões contra a violência nos postos de saúde ganham força, no Hospital Universitário os profissionais da área dizem estar de mãos atadas. Na unidade hospital não existe posto policial e, por este motivo, ocorrências ficam sem notificação.

Um médico que não quis se identificar, revela que bandidos pedem às equipes de resgate para ser encaminhados ao HU, sob alegação de que já possuem ficha no hospital.

Depois de medicados, eles podem sair normalmente da unidade médica, sem nem sequer terem as digitais registradas em um banco de dados.

No hospital existe uma guarita, por onde qualquer pessoa pode entrar com facilidade.

A presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos), Luzia Santana, ressalta que este é um problema do hospital. "Não se vê policiamento mesmo", completa a médica.

No entanto, ela pondera que um trabalhador da área de saúde não pode deixar de prestar atendimento a uma pessoa, seja bandido ou não.

A presidente da entidade pontua ainda que há uma regulação de vagas e um mecanismo para barrar o recebimento de marginais é permitir a entrada apenas de pacientes "regulados".

O médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Luiz Antônio Moreira, garante que o paciente não pode escolher para onde vai.

Ele explica que existe a regulação para encaminhar o paciente para a unidade que tenha vaga e onde haja a especialidade.

Em 06 de setembro deste ano uma criança foi raptada de dentro do hospital.

O bebê recém-nascido foi recuperado com a autora do rapto, que procurou atendimento médico para a criança em um posto de saúde.

A assessoria de imprensa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) admite a falta de segurança, porém, diz que a PM (Polícia Militar) não manda efetivo para o hospital.

Ainda conforme a assessoria, já houve solicitação para montar um posto policial no hospital, porém, sem êxito. A unidade médica já teve um posto e foi desativado.

O hospital tem apenas vigilantes à noite e falta de vistorias durante o dia é justificada pela falta de concurso.

A assessoria de imprensa da PM foi procurada para comentar o caso, no início da manhã de hoje, e garantiu que responderá aos questionamentos ainda hoje.

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