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Cidades

Suspeito de matar mãe em incêndio fez pai ser preso por tráfico

Ricardo Campos Jr. | 10/12/2014 17:16
Garoto diz que se arrepende do ato infracional e diz que não teria queimado casa se soubesse que mãe estava dentro.
Garoto diz que se arrepende do ato infracional e diz que não teria queimado casa se soubesse que mãe estava dentro.
Delegado fala sobre apreensão de adolescente suspeito de matar a mãe em incêndio
Delegado fala sobre apreensão de adolescente suspeito de matar a mãe em incêndio

Além de participar do incêndio que matou a própria mãe, o adolescente de 17 anos apreendido nesta quarta-feira (10) pela Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) tem envolvimento no flagrante por tráfico de drogas que acabou mandando o pai dele para a cadeia.

Segundo o delegado Maércio Barboza, entorpecentes foram encontrados na casa da família durante uma abordagem policial. O garoto fugiu deixando o pai sozinho no imóvel.

Para o delegado, o responsável pelo jovem não aparentava ter relação com uso ou com a venda do entorpecente e tinha trabalho fixo, mas sabia da existência das substâncias ilícitas na residência e seria penalizado de qualquer forma. O que chama a atenção é o fato de o garoto tê-lo deixado diante da situação.

Sobre o incêndio, o jovem disse ao Campo Grande News que se arrepende. Adriano Ribeiro Espinosa, 27 anos, é apontado como mentor do crime. Ele acreditava que a mulher dele estava tendo um caso com Daniel Cândia, 38 anos, e chamou o adolescente para ir até uma casa em que os amantes estavam mantendo relações sexuais.

O objetivo da dupla era agredir o casal, mas o imóvel estava trancado. Então o menor foi até um posto e comprou combustível, usado para incendiar a residência. “Se ele [Adriano] tivesse falado que minha mãe estava lá eu nem teria ido. Vou pagar pelo que eu fiz na cadeia [Unei]. Vou pagar e ficar de boa”, disse o adolescente ao Campo Grande News.

Para Barboza, a dupla realmente não sabia que havia mais gente na casa, pois a mãe do garoto estava dentro de um quarto com Hélio Queiroz Neres, 37 anos, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos no hospital. Acredita-se que os dois estavam mantendo relações sexuais.

A casa incendiada não tinha moradores. Ela havia sido invadida por Hélio de Daniel, que usavam o local para usar drogas.

O garoto deve ser encaminhado para uma Unei (Unidade Educacional de Internação). Ele completa 18 anos no início de 2015, mas segundo Barboza pode permanecer apreendido por decisão judicial até os 21 anos.

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