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Em Pauta

A árvore que sobreviveu à bomba atômica

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/06/2017 09:19
A árvore que sobreviveu à bomba atômica

Em 6 de agosto de 1945 foi lançada sobre Hiroshima a primeira bomba atômica usada em uma guerra. No momento da explosão, com temperatura 40 vezes superior à do sol, a cidade foi destruída e morreram 140.000 pessoas.
Em pouco menos de um ano, próximo ao centro de onde caiu à bomba, brotou uma Ginkgo biloba entre as ruínas de um antigo templo budista. Na reconstrução do templo, foi preservada a árvore que passou a ser um símbolo de renascimento e veneração.
Durante muitos anos não havia rastro de vida nas ruínas de Hiroshima, mas várias árvores de Ginkgo biloba apareceram entre os escombros e a desolação. Os japoneses apelidaram essa árvore de "Hibakujumoku", a "árvore que sobreviveu à bomba atômica".
A força dessa árvore é antológica. Persiste com pouca água e nutrientes, também é altamente resistente a bactérias, fungos e vírus. Seu DNA é 3,5 mais longo que o humano, muitos de seus genes cumprem o papel referido, o de protegê-la de ataques exteriores. Por isso, é apelidada de "árvore dos 40 escudos". Atualmente, cientistas querem descobrir como usar esse arsenal da Ginko biloba para a proteção de humanos. Muitas experiências foram testadas, nenhuma deu resultado minimamente promissor. Ainda assim, a fama transcende a realidade científica, produtos com Ginkgo biloba movimentam um mercado de milhões de dólares. Mas, saibam que qualquer produto dessa árvore é tão importante quanto um placebo.

A árvore que sobreviveu à bomba atômica

Palestina, 50 anos sem paz nem território.

Meio século depois da guerra que alterou os mapas do Oriente em apenas seis dias, Israel perdeu o medo de ser aniquilada e se converteu em uma potência que ocupa territórios de outros povos. Saiu do medo que perseguiu judeus ao longos de intermináveis séculos para impingir medo em outros povos, notadamente em palestinos.
Mais de cinco milhões de palestinos sobrevivem, há décadas, instalados em um limbo internacional. O descontentamento tomou conta das novas gerações de palestinos.
Após a fulminante vitória na Guerra dos Seis dias, Israel ocupou territórios na Cisjordânia e em Jerusalém Leste. São mais de 600.000 israelenses em 131 assentamentos autorizados pelo governo israelense e 97 não autorizados. Os conflitos são diários. Imaginem viver em um país em guerra há 50 anos, essa a situação em Israel e nos territórios que ainda restam para os palestinos. Exílio e expulsão forçada, ocupação e subjugação, encarceramento em massa - são os destinos obrigatórios dos palestinos. Nenhum povo do mundo aceitaria viver assim.

A árvore que sobreviveu à bomba atômica

Um quartel chamado Venezuela.

É um dia qualquer de 1835. O primeiro presidente cicil da Venezuela, José Maria Vargas, foge em um burro enquanto um grupo de militares toma o poder. Desde esse momento, salvo de 1958 a 1998, o país virou um quartel, dirigido por mais firmes de homens de armas.
Toda "gesta heroica" requer seu relato épico. O chavismo construiu o seu, um relato cheio de mentiras e omissões. A mentira chavista é a de que o golpe de 1992 consistiram de uma oficialidade indignada que conspirou contra o governo de Carlos Andrés Pérez para restabelecer a democracia. Conspiraram para assumir o poder e nele se eternizar. Os principais ministérios venezuelanos são controlados por militares: Produção Agrícola, Pesca, Defesa, Alimentação, Energia Elétrica, Relações Interiores, Justiça, Moradia... a lista é imensa, assemelha-se aos infinitos ministérios de Dilma.
Os militares venezuelanos já foram conservadores, liberais, centralistas, federalistas, pró- EUA, contra os EUA e, agora, são esquerdistas pró-Cuba.
Maduro frequentemente usa roupas verdes e se faz fotografar empunhando armas. Ele é um a mais na lista de civis venezuelanos que são fachada para grupúsculos de militares. O resultado é sobejamente conhecido: miséria em seu estado mais puro. Matam pelo menos um venezuelano que protesta contra o regime por dia. É opressivo até para respirar.
Há militares e militares. Alguns ótimos administradores e outros péssimos. A farda não transforma ninguém em um competente presidente. As armas podem servir para assegurar a paz - como no caso dos incendiários de Brasília - e para tomar o poder de governantes fracotes. Não são elas que constroem o caráter de um homem. Há uma memória (ou falta de memória) no Brasil que iguala o governo Medice ao de Figueiredo. Para os que a propagam "todos os governos militares foram excelentes". Nada mais falso. O governo Figueiredo era uma bagunça generalizada. Se podemos fazer comparação é com o segundo mandato de Dilma. Tivemos governos militares que propiciaram boas condições de vida para o povo. Outros massacraram as finanças populares. As fardas, como os ternos, não garantem coisa alguma, elas são apenas vestimentas apropriadas para a guerra. Aliás, militarismo não é uma forma de governo é uma profissão. Que deve ser respeitada como uma formadora de excelentes profissionais, exclusivamente por causa de suas escolas exemplares.

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