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Em Pauta

A moda nos EUA entra na militância política

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/04/2017 07:10
A moda nos EUA entra na militância política

Os desfiles de moda, estilistas, modelos e tudo que envolve esse setor da economia sempre foi acusado de futilidade e alienação política. Já não pode sofrer esse rechaço. Pelo menos nos Estados Unidos. Alguns dos maiores nomes da moda - Tom Ford e Zac Posen - manifestaram que não vestirão Melania Trump. A marca Balenciaga vem explicitando seu apoio incondicional e atemporal a Bernie Sanders. Transformou seu último desfile em um comício que saudava Obama e Sanders.

Mas a última edição da Semana da Moda de N.York foi a grande ativista do movimento anti Trump. Dezenas de manifestações ocorreram nesse que é um dos maiores eventos da moda mundial. O mais satírico foi o desfile de calcinhas com os dizeres no traseiro "fuck your wall" (f...seu muro).

A moda nos EUA entra na militância política
A moda nos EUA entra na militância política

"Verificação Extrema" para estrangeiros que queiram entrar nos EUA

A obtenção de vistos de entrada nos Estados Unidos deverá se tornar extremamente invasiva. Mesmo para viagens curtas, os estrangeiros de qualquer nacionalidade, inclusive franceses, ingleses e alemães, tradicionais aliados dos norte-americanos, deverão entregar suas senhas de redes sociais, toda a lista de contatos dos celulares e seus extratos financeiros. Também deverão passar por uma longa "entrevista" sobre sua ideologia. Os funcionários do governo Trump estão terminando de elaborar a extensa lista de novas obrigações para a obtenção dos vistos. É obvio que tais medidas resultarão em muita controvérsia, tanto dentro dos EUA como em outros países que imporão medidas similares para os norte americanos solicitantes de vistos. Retaliarão. A revisão foi determinada por um decreto de Trump.

A moda nos EUA entra na militância política

Os grandes partidos passarão por uma renovação, mas continuarão importantes

Um furacão passa pelos três grandes partidos do país. PT, PMDB e PSDB estão com as portas e janelas escancaradas. Por elas passa uma ventania que destrói suas paredes. Mas não abala seus profundos alicerces. Esses são os únicos partidos enraizados na sociedade. Os novos - PSOL, Rede e Novo - não fincaram sequer uma estaca nos bairros das grandes cidades e são plenamente desconhecidos nas médias e pequenas urbes. Eles não tem quadros e nem programa. Nem mesmo para a mais importante definição de um programa partidário que é a economia, os novos partidos oferecem resposta.

Tudo indica que veremos um grande expurgo de uma geração de políticos, especialmente dos três maiores. Mas fora deles não há nada de novo surgindo. Resta o surgimento de um "outsider", alguém de fora da política, sem militância partidária e sem qualquer mácula. Essa é uma possibilidade real. Para o bem e para o mal. Há vários tentando furar a ventania e se projetar como alternativa. Até agora, nenhum conseguiu maiores espaços. Teremos de aguardar uma reforma política para que vislumbremos as opções que a sociedade oferecerá.

Neste momento só há três candidaturas em debate. Doria, representando o sistema e, provavelmente, muitos partidos médios e grandes, vem encantando as classes médias e empresários que não tinham militância partidária. Bolsonaro, tentando representar as ruas, mas as ruas não o ouvem por não oferecer soluções econômicas. E Bolsonaro pertence a um partido liliputiano, diminuto, sem tempo de televisão. E tem Lula. O eterno curandeiro, o homem que cura desde bicho-do-pé até o desemprego. Ninguém mente como ele. Lula tem um eleitorado cativo que, tudo indica, não irá abandoná-lo. É o proprietário do Nordeste e isso é muito. Mas o furacão ainda está destruindo, derrubando paredes...

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