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Em Pauta

Agricultores dos EUA querem mercado

Mário Sérgio Lorenzetto | 01/08/2018 08:07
Agricultores dos EUA querem mercado

e não dinheiro do governo.

A administração Trump pretende dar aos agricultores e pecuaristas norte americanos, prejudicados pela atual guerra comercial, nada menos de US$12 bilhões em ajuda emergencial para mitigar o impacto das tarifas sobre suas exportações.
Embora essa ação possa diminuir o impacto de uma economia que já era considerada decadente, e vivia em clara dificuldade, no curto prazo, é considerada pelos homens do campo como um band-aid. Eles iniciam uma forte campanha afirmando que querem mais mercado e não doações.
Também afirmam que se o conflito comercial com a China continuar por muito mais tempo, provavelmente deixará cicatrizes duradouras em todo setor agrícola, bem como na economia geral dos EUA.
A China é o segundo maior mercado de exportação de produtos do campo dos EUA, atrás do Canadá, o que significa que mais de 600 produtos do seu campo estarão sofrendo com as taxas impostas pelos chineses de 15% a 25% a maior do que tinham anteriormente. Uma das maiores retaliações dos chineses para produtos norte americanos. Nos estudos dos economistas dos EUA ligados aos fazendeiros, os produtos que mais sofrerão são: algodão, soja, trigo, carne de porco, laticínios, frutas, nozes e vinhos.
Para os sojicultores o desalento é imenso. A China é o maior consumidor mundial de soja. Engloba cerca de 65% de todo o comércio mundial do produto. Os chineses compraram mais de US$12 bilhões da soja dos EUA em 2017, ou 57% de todas as exportações dos EUA da safra. A pergunta que não sabem responder é: onde colocarão tamanha quantidade de soja em 2018/2019? Seja qual for a resposta, o valor que vierem a conseguir será vil.
Graças à tarifa de 25% sobre a soja dos EUA, os importadores chineses estão cancelando contratos com agricultores dos EUA para o final do ano e comprando mais do Brasil. Eles acreditam que com essa alucinação de Trump, o Brasil será o maior produtor de soja já em 2019. Plantem que os chineses garantem.

Agricultores dos EUA querem mercado

Incêndios: antes vivíamos das matas, agora nos defendemos delas.

Sabemos que os incêndios são cada vez maiores, mais velozes e mais intensos. Ainda assim, o que a comunidade científica observou atônita no ano passado em diversos pontos do planeta é algo arrepiante até para os especialistas nessa pauta.
Os incêndios de 2017 lançaram mais cinzas na atmosfera que respiramos que dez anos de erupções vulcânicas. As intensidades caloríficas emitidas só pelos incêndios de junho e de outubro em Portugal foram respectivamente de 68 e 142 vezes a da bomba atômica de Hiroshima. É algo que passa desapercebido em um Estado como o de Mato Grosso do Sul, onde os incêndios são, antes de tudo, culturais. Estão em nossa história de desaforos para com as matas rurais e matos urbanos. É o desleixo e arrogância convertidos em costume. A cada ano, lançamos sob o estado algumas bombas atômicas como se fossem traques de festa junina. E há mais preocupações.
O incêndio de outubro em Portugal bateu um recorde. Registrou a maior superfície queimada por hora de que se têm notícia. Foram mais de 14.000 hectares queimados a cada hora. E, com os novos incêndios de Atenas, os cientistas acreditam que o recorde das florestas portuguesas será batido brevemente. A análise é clara, só com prevenção é possível desativar essas bombas nucleares. Há uma imensa acumulação de combustível vegetal pronto para arder com intensidades e velocidades nunca antes vistas. E tudo isso em zonas cada vez mais povoadas.
Em poucas décadas, deixamos de viver das matas para nos defendermos delas. Essa é uma mudança estrutural que só os bombeiros prestam atenção. E ninguém mais.

Agricultores dos EUA querem mercado

Alexandre Magno teria sido um craque do comércio online?

É bem provável que se o famoso rei da Macedônia, e conquistador de parte importante da Ásia, vivesse na atualidade, em lugar de conquistar nações, conquistaria o mundo do comércio online. "Meus logísticos são um grupo sem sentido de humor. Sabem que se uma campanha falha, eles serão os primeiros a serem mortos". Esta claro que os profissionais da logística de Alexandro Magno, o autor desta frase, sabiam o que era trabalhar sobre pressão.
Também está claro que o general era muito consciente da importância da logística para qualquer empreendimento de envergadura, tanto para garantir o pagamento de seus soldados ou funcionários como para levar alimentos, roupas....
A importância da logística é tal que hoje a luta entre as marcas tem como polo principal as plataformas de distribuição e os caminhões (logo mais serão os drones) que levarão as mercadorias a seu destino. Os volumes que manejam essa parcela da atividade empresarial são os maiores da história e as previsões apontam que continuarão crescendo. É um fator econômico decisivo. Não há como negar, o comércio eletrônico é completamente dependente da logística. E brevemente, ele será o sistema de provisionamento de todo tipo de produto para a humanidade.
A logística converteu-se em uma parte essencial daquilo que agora chamam de "experiência do cliente". Já não basta adquirir um produto de acordo com sua qualidade ou preço, o prazo de entrega entrou definitivamente nessa equação. Até há pouco tempo o comprador admitia aguardar a entrega de um produto comprado online por dias e semanas. Era o preço que assumiam em troca da enorme vantagem de efetuar suas compras sentado confortavelmente no sofá. "Não se pode ter tudo", era o raciocínio do comprador online. Hoje, graças aos avanços da logística, é possível ter tudo - qualidade, preço e prazo de entrega - e os usuários não vacilam em exigi-los. Na atualidade, o prazo de entrega adquiriu um caráter de urgência que só pode ser resolvido com foguetes. Querem para hoje!

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