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Em Pauta

C.Grande tinha 80 engenhos de cana-de-açúcar e a lei do 44

Mário Sérgio Lorenzetto | 13/09/2022 06:20
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A informação que impressiona é que, em 1.910, Campo Grande tinha 80 engenhos de cana-de-açúcar. Isso em uma população de tão somente 1.200 habitantes e 100 casas de pau a pique. E o comércio já contava com 200 "casas de negócio", como eram chamadas as lojas, farmácias e armazéns. Devia ser um lugar bem estranho. Havia gigantescas fazendas. Pouco depois, a maior fazenda pertencia a Domingos Barbosa Martins, irmão do político Vespasiano Barbosa Martins, com inacreditáveis 320.000 hectares. Em seguida, surge "gente de fora", a Companhia Viação São Paulo - Mato Grosso, com 194.000 hectares. Fazendas de gado enormes e muitos engenhos, essa era a base histórica da economia da cidade. Não localizei um só estudo sobre as plantações de cana-de-açúcar, mas deveriam estar lastreadas em muitas fazendas. 80 engenhos? É uma quantidade admirável. É possível imaginar que empregassem boa parte da população.


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As primeiras "casas comerciais" da rua 26 de agosto.

O centro político-econômico da cidade era a rua 26 de agosto. A elite tinha seus negócios e nela vivia. As primeiras "casas comerciais" foram a "venda" (armazém) e a farmácia de Joaquim Vieira de Almeida. Em seguida, veio a loja do mineiro Felisberto Loureiro de Figueiredo. Na mesma época, instalou-se a Casa Comercial Bais e Carvalho, sociedade de Bernardo Bais e Manoel Joaquim de Carvalho. E tinha, também a "mui sortida" casa do mineiro Francisco Gomes Veado.


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Valia mesmo era a Lei do 44.

Ainda que desaparecido das paradas de sucesso dos atiradores, a arma predileta dessa época era o revólver 44. A história bem educada conta que havia um tipo de lei a ser respeitada denominada consuetudinária, um tipo de acordo baseado na moral cristã., algo como um código de leis não escrito. As autoridades ficavam em Miranda e em Nioaque, distantes de Campo Grande. Em 30 de janeiro de 1.905, Manuel Inácio de Souza, chamado Manuel Taveira, então Intendente (algo semelhante a prefeito) cria o primeiro Código de Posturas da cidade. Era para resolver as constantes divergências de terras, uso do rego de água- que abastecia algumas casas - e, principalmente, divergências na abertura e conservação de ruas e estradas. Lendo atentamente a história, o que valia realmente era a Lei do 44.

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