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Em Pauta

Cansado de se sentir cansado? Tome testosterona

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/12/2016 11:43
Cansado de se sentir cansado? Tome testosterona

É a droga da moda, especialmente dos mais ricos. A testosterona, que nada mais é que o conhecido hormônio masculino, vem sendo administrado para combater o cansaço e melhorar o desejo sexual. São elas, e não eles, quem mais esfregam o gel na pele ou injetam a droga.

Nos Estados Unidos e na Europa a moda é tamanha que já há parlamentares propondo que as redes de saúde pública administrem a droga gratuitamente. No falido Brasil não há proposta similar, segue sendo de uso exclusivo dos endinheirados.

O principal argumento reside no fato de que, aproximadamente, uma em cada três mulheres sofre com a falta de desejo sexual. Também a menopausa costuma desacelerar a vontade sexual.

Todavia, os médicos mais preocupados afirmam que a testosterona não é uma espécie de Viagra feminino, mas pode ajudar. Essa é a chave, ajuda, mas não resolve a ausência de desejo sexual.

Há muitos relatos de pessoas que passaram a correr maratona e outras a desejar ardentemente seus companheiros com a utilização da testosterona.

Mas muitos médicos não concordam com a existência desses efeitos. Dizem que há muitas pessoas com dose elevada de testosterona no corpo e que só desejam dormir. Por outro lado, advertem que o uso abusivo da testosterona pode causar infarto, problemas sérios no cérebro e no fígado e é óbvio, descontrolar totalmente o sistema hormonal.

Cansado de se sentir cansado? Tome testosterona

A importância histórica de não ser careca.

Ser calvo ou não é uma questão de identificação identitária. Faz parte de nossa identidade. Sempre foi assim. Em Esparta, por exemplo, os homens enfeitavam seus cabelos antes das batalhas como símbolo de masculinidade.

Depois da perda de um ser querido, em sinal de dor, o costume era ter os cabelos desalinhados para não ter "boa imagem". Em toda Grécia, as mulheres raspavam a cabeça quando seus esposos faleciam.

O corte de cabelo indicava o fim da adolescência. Os cabelos tinham valor espiritual. Assim aparece em uma bela cena da "Ilíada" de Homero onde um Aquiles adolescente consagra seus cabelos ao rio Espério. Heródoto nos conta que os jovens de Delos passavam seus cabelos pelas tumbas de Laódice antes do casamento.

Também no Egito se produzia uma associação entre corte de cabelo e a idade. Ao contrário da Grécia, raspavam a cabeça dos meninos até que alcançassem a puberdade, momento em que se lhes permitia andar com cabelos longos.

O penteado era, também, uma identificação da classe social do indivíduo. Cabelos longos e perucas eram próprias da elite. Cabelo curto era para trabalhadores. Todavia, o cabelo como símbolo de identidade não é apenas uma anedota da história. Logo ali, na outra esquina da história, no período medieval, estava a tonsura romana dos monges católicos, demonstrando sua humildade. Para ser rebatido, logo a seguir pelo estilo Luis XIV, na França barroca.

Também chegamos à loucura hipster. Se não fosse pelos cabelos, não existiriam hippies. Imaginem o que apaches e sioux cortariam se não fossem os cabelos. Será que cortaram algo dos europeus carecas que chegaram ao Novo Mundo? O "hair metal" seria só pop. E nos anos oitenta não teríamos distinguido os punks dos yonkis. Mas o pior está no Antigo Testamento. No Levítico 19:27, proibiram o povo hebreu de raspar a cabeça. E para piorar ainda mais, em Ezequiel 7:18, menciona-se a calvície como maldição divina. Só resta inventar logo um medicamento que combata com eficiência a queda dos cabelos. Muitas mulheres preferem os carecas. Seriam mais másculos. Mas a história retira suprime a importância dos sem cabelo.

Cansado de se sentir cansado? Tome testosterona

Equipe internacional de cientistas cria a primeira "fonte da juventude" em ratos.

Nada menos que 22 cientistas da China, Japão e Espanha venceram, pela primeira vez na história, a barreira do envelhecimento. A prestigiosa revista científica "Cell" acaba de publicar o feito. O primeiro sucesso obtido foi o de reverter o processo de envelhecimento em ratos com progeria, enfermidade que provoca envelhecimento prematuro. Além disso, aplicaram o mesmo processo para reduzir os efeitos da idade em órgãos de ratos sãos. Nos ratos com progeria, aumentaram a vida em 30%. Nos sãos, melhoraram problemas cardiovasculares e de cicatrização de feridas.

A pesquisa é uma consequência dos trabalhos conhecidos como os quatro genes de Yamanaka, o premio Nobel de Medicina. A chave do novo método consiste em começar as transformações das células sem chegar até o final. Seria como fazer avançar as células até o estágio embrionário, mas detendo-se no meio do caminho. As inúmeras tentativas de fazer células chegarem até sua "juventude máxima", o estágio embrionário, resultaram todas em tumores.

Cansado de se sentir cansado? Tome testosterona

Para eles não é Natal. As crianças que nascem dependentes de drogas.

Paulinho já nasceu dependente de drogas. O problema se repete em todo o Brasil. O número médio anual de brasileiros que nascem dependentes é de 76 crianças. Não existe sequer uma clínica especializada em tratá-los. Geralmente esses bebês saem das maternidades e vão para a casa de um familiar ou um abrigo, uma casa que cuida de menores abandonados pelos pais. Via de regra, tremem muito, o choro é contínuo e estridente, manchas nas peles aparecem.

Quase todas as drogas passam da mãe para a corrente sanguínea do feto durante a gravidez. Essas crianças nascem viciadas e sofrendo os efeitos da abstinência. É conhecida como síndrome de abstinência neonatal. Paulinho tinha imensa dificuldade respiratória. Ia e vinha do hospital. Levou muito tempo para ter recuperação completa.

Os especialistas acreditam que o ideal é o tratamento de mãe e bebê juntos. Esse procedimento é inexistente no Brasil. O sofrimento dos dois será imenso. Para eles, não é Natal.

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