Cientista por profissão, pseudocientista por maldição
Temos a incorreta ideia de que um cientista é uma pessoa racional, que aplica os mesmos critérios de sua atividade até para comprar pão. Todavia, há exemplos de notáveis cientistas que não aplicam seus conhecimentos nem mesmo no campo da ciências. "Enfermidade do Nobel" é o nome dado a esses gênios de um ou mais campos das ciências que a negaram com outras ideias tresloucadas.
Isaac Newton, alquimia e profecias bíblicas.
No século XVII, a ciência ainda engatinhava. Chama a atenção que um dos maiores nomes das ciências, Sir Isaac Newton, o homem que livrou a astronomia das crendices de horóscopos e assemelhados, fosse um apaixonado dos estudos ocultistas. Newton praticava a alquimia, a ideia de transformar ferro em ouro. Pior ainda, estava convencido de que Deus o escolhera para interpretar profecias que estariam ocultas na Bíblia. E o mais sensacional: participou na elaboração de um livro que descrevia a existência de dragões nos Alpes suíços. Mucho loco esse Newton, ainda que genial.
Francis Crick e a civilização criada por alienígenas.
A herança genética deixou de ser um mistério em 1953. Essa obra genial se deu graças ao trabalho de Francis Crick, James Watson e outros que descobriram o DNA, a molécula mais famosa e mais importante dos últimos séculos. Mas, Crick não estava a salvo de ideias pseudocientíficas. Aliás, seu companheiro Watson é um caso de repulsa, adepto confesso do racismo, hoje é um nome decadente no mundo científico. Crick não professava o ódio de Watson pelos africanos e seus descendentes, mas defendeu, em 1973, uma tal de "panspermia dirigida", essa ideia que aparece em filminhos de Hollywood e livretos insossos de que a vida no planeta Terra foi semeada por seres alienígenas. É importante ressaltar que Crick negou, décadas depois, essa ideia ao descobrir que o RNA age como uma enzima, fato que facilitou a aparição da vida na Terra.
Marcel Vogel e os cristais de energia mental.
Talvez esse nome não lhe seja familiar. Mas, devemos a Marcel Vogel a invenção dos discos duros que fazem nossos computadores funcionar. E tem muito mais nessa área. Durante os anos que Vogel trabalhou na IBM, patenteou dezenas de invenções importantes para a Informática, a última foi a tela de cristal líquido que estão presentes atualmente em todos os celulares. Um super gênio moderno que, por outro lado, falou muita besteira. Uma das mais inacreditáveis era que seria capaz de gravar em uma tela de cristal a imagem de Santa Maria só com a força do pensamento. É dele a ideia de que o uso de cristais de quartzo amplificam as emoções, inclusive o amor. Quer que alguém o ame? Basta dar a essa pessoa um pedaço de cristal de quartzo. Doidura pura!
