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Em Pauta

Depois da crise da falta de vacina virá a das seringas e agulhas?

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/12/2020 07:00
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O país respirou aliviado com o anúncio do governo federal de que comprará as vacinas da norte-americana Pfizer e da chinesa Coronavac. Mas atenção, essa é a novíssima vontade dos governantes de Brasília. Apenas intenção. Sentarão - novamente - com os dirigentes das empresas para tentar um acordo. Continuamos no escuro com dois dados fundamentais: não sabemos quantas doses das vacinas poderemos contar em 2021 e nem quando as inoculações terão início. Após o anúncio governamental pacificador, imediatamente, outra questão emergiu: teremos seringas e agulhas?


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400 milhões de unidades extras.

É importante frisar que a aquisição de seringas e agulhas é de responsabilidade dos Estados. Todavia, o governo federal anunciou nesse 16 de dezembro, dia da pacificação, que lançará uma licitação para adquirir 330 milhões de seringas. Há algum risco no horizonte de que essa licitação não consiga receber essa montanha de inoculadores. O receio não é vazio. O governo paulista está com licitações para compra de 50 milhões de seringas e agulhas. As três tentativas fracassaram. Só para a União e para o Estado de São Paulo serão necessárias 400 milhões de unidades extras.


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A capacidade de fabricação nacional.

A fabricante nacional de seringas e agulhas Becton Dickinson (BD) diz que está preparada para as novas aquisições da União e do governo paulista. Há uma peculiaridade na licitação da União que favorece a aquisição. Cada fabricante poderá informar quantas seringas e agulhas poderá entregar à partir de janeiro. Assim, mais de uma fabricante poderá participar desse edital. As entregas devem se estender por, pelo menos, oito meses. Hoje, no Brasil, existem três fabricantes de seringas: a BD (maior), a Injex e a Saldanha Rodrigues. Juntas, tem capacidade instalada de 1,2 bilhão por ano e importam (da China, é claro) outras 300 milhões de unidades. A soma de 1,2 bilhão com os 300 milhões chinesas é a demanda anual brasileira. Apesar disso, a BD garante que conseguirão atender às compras da União e de São Paulo. Não diz uma palavra sobre as aquisições dos demais Estados.


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Três turnos, sete dias por semana.

O plano das fabricantes nacionais de seringas e agulhas é de trabalhar em três turnos, sete dias por semana. Também adiarão as férias dos funcionários e as folgas de final de ano. Pensam, também, em contratar novos funcionários. Só a BD tem 1.600 funcionários distribuídos nas duas plantas de Juiz de Fora e Curitiba. Deus salve a logística brasileira, desprovida de toda lógica.

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