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Em Pauta

Eleições: chaves para assumir uma derrota

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/11/2020 07:25
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Para os projetos eleitorais de 2022, o domingo, aparentemente, terminou com fragorosas derrotas. Mais que as vitórias, as derrotas deram as cartas. A mídia torcedora não se cansará de afirmar que Bolsonaro foi derrotado do Oiapoque ao Chuí. Nem um só jornal dirá que Azambuja viu seu projeto 2022 ruir. As fragorosas derrotas em Dourados e na redução de 8 vereadores para 3, em Campo Grande abalaram os articuladores. Serão obrigatoriamente analisadas, com muito cuidado, só internamente para responder qual será o futuro do atual governador.  Assim como Bolsonaro não poderá contar com o apoio do prefeito de São Paulo e Rio de Janeiro, Azambuja não tem uma vitória para chamar de sua. Campo Grande, Corumbá e Três Lagoas são vitórias de políticos locais. Só há um vencedor no Mato Grosso do Sul: a família Trad. A outra verdade é que Bolsonaro é o "Mick Jagger da política, quem apoia, perde", é um pé frio. Mas isso tudo conta apenas uma pequena parte da história.


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Ave, Marcos, os eleitores te saúdam (mas despesas da prefeitura rugem).

A vitória de Marcos Trad começou no primeiro ano de sua gestão. Atacou os buracos deixados pelas desastrosa passagem da dupla Bernal/Olarte com eficiência. Buracos nas ruas, na saúde, na educação... em todos os lugares, foram resolvidos em pouco tempo. Alguns muito bem, outros, nem tanto. Se teve uma administração razoável das deficiências da prefeitura, no âmbito da política foi um vencedor. Não deixou surgir uma só vertente oposicionista. Todas morreram de inanição. A sorte também bafejou seu destino. A fraqueza de seus concorrentes foi acachapante. Mas, a continuidade na prefeitura não lhe sorri. No início de 2020, após o término da campanha do IPTU, as contas indicavam que Marquinhos não teria dinheiro para honrar o décimo terceiro dos funcionários. A ajuda federal, por conta da pandemia, resolveu seus problemas. Esse dinheiro não existirá à partir de 2021. Ave, Marcos, a administração financeira te aguarda.


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Vitória em eleições municipais só servem para eleger deputados e senadores.

"A esquerda avança", "Bolsonaro está derrotado", "Marcos Trad sairá candidato a governador". Essas manchetes estão estampadas nos jornais e nas mentes de muitos. São projeções integralmente incorretas, fazem parte apenas dos efeitos agradáveis da vitória. Os níveis de testosterona e dopamina são elevados quando vencemos. Mas seus efeitos são passageiros.
A verdade é que não há um só governador do Mato Grosso do Sul que tenha sido eleito por vencer eleições municipais. Também não há um presidente da República eleito com os votos carreados por prefeitos.
A regra é muito diferente. Vale só para os parlamentos estaduais e o federal. Deputado Estadual que saiu destas eleições com 6 prefeitos aliados eleitos, voltará à Assembleia. Deputado Federal que terminou o domingo com 8 prefeitos aliados, também voltará a Brasília. A conta para Senador é cambiante. Muda a cada eleição. Já as contas para governador e presidente são inexistentes. Azambuja chegou ao poder sem prefeitos. Fez uma campanha com vereadores. Bolsonaro venceu sem ter um só prefeito a seu lado.  Mas os parlamentos a serem eleitos em 2022 estão resolvidos. O mundo político já sabe quem serão os deputados estaduais e federais em 2022. Essas contas não chegam à mídia, mas são as únicas reais.

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