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Em Pauta

Greve médica: direito à saúde x direito de greve

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/06/2017 07:11
Greve médica: direito à saúde x direito de greve

Diante da grande relevância dos serviços prestados pelos médicos, existem inúmeras regulamentações contrárias visando coibir abusos ao direito de greve. O médico pode fazer greve, mas não pode abusar. Eles têm de respeitar, obrigatoriamente, os atendimentos de urgência e emergência. Criou-se um embate entre o direito à saúde contra o direito de greve. O que não estão dizendo é que há restrições para essa greve e responsabilizações.

Em caso de dano à saúde dos pacientes, o médico poderá ser responsabilizado. Não só o sindicato que organizou a greve, mas o medico grevista também poderá ser processado por qualquer cidadão que considere ter seus direitos aviltados. No papel escrito, na lei, o direito à saúde têm mais peso que o direito de greve. O cidadão que for a um posto de saúde e não receber o atendimento para reduzir sua agonia, tratar de sua doença, poderá ser indenizado por não receber o atendimento.

A decisão da justiça de proibir a greve e, mesmo assim, os médicos terem deflagrado o movimento paredista, é um claro e inequívoco abuso de greve. O Código de Ética Médica diz com toda a clareza que fica vetado ao médico "deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em caso de urgência, quando não haja outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo". Quando o medico deixar de atender o paciente, ele responderá não apenas administrativamente ou disciplinarmente, mas, também, através de indenização ao paciente conforme o dano.

Ainda é cabível responder na esfera penal, caso de um não atendimento resultar em óbito do paciente. Urge uma atitude conciliadora do prefeito Marcos Trad. Esse é um caso onde todos perdem. A imagem do prefeito sai arranhada, o médico se torna persona non grata para a comunidade e os pacientes se tornam vítimas.

Greve médica: direito à saúde x direito de greve

Três brancos e dois negros, quem você escolhe para presidente?

As pesquisas eleitorais no Brasil e no Mato Grosso do Sul mostram que Lula, Bolsonaro, Marina, Doria e Nelson Barbosa são as candidaturas mais competitivas. À exceção de Lula e Bolsonaro, os demais não colocaram suas candidaturas nas ruas. Mas a questão é a famigerada cor da pele. O Brasil está preparado para ter um presidente negro? Quem sabiamente colocou a indagação foi Nelson Barbosa em um encontro com Caetano Veloso, Marisa Monte, Fernanda Torres e Lázaro Ramos. E ele está certo, uma das questões elencadas nas eleições anteriores foi a cor da pele de Marina. Uma parcela importante de nossa sociedade é preconceituosa. Fosse branco, a candidatura de Nelson Barbosa seria muito mais forte.

A pele e as dificuldades de reorganizar o país estão construindo um arcabouço de dúvidas na cabeça do ex-ministro do STF. A resposta dele e da sociedade têm forte carga emocional. O eleitorado brasileiro é multifacetado, difícil de construir maiorias. Há ainda uma apreensão que os políticos não querem recordar: continua existindo uma forte tendência para votar em "nenhum". Vivemos o pior momento da nova democracia, uma grande parcela do eleitorado irá às urnas para anular o voto. Eles não acreditam nos homens e nas mulheres que aspirem um cargo politico. Estão machucados, ofendidos e descrentes de tudo e de todos.Não à toa glorificam os bombeiros como a mais ética das corporações nacionais. Como não há bombeiro candidato, como essa corporação se exime de qualquer participação política, não há candidato que contente a esses 25% a 30% da população.

Será muito difícil construir uma candidatura que vença com verdadeira maioria, não a maioria da lei (que elimina votos do computo geral), mas a maioria de fato. Imaginem um negro (afrodescendente como alguns se intitulam) assumindo a candidatura principal...Mas há algo que escapa ao ex-ministro, bastaria a candidatura - não teria necessidade de vencer - para que ocupasse um lugar na história, passaria ao pódio junto com Ganga Zumba e Zumbi. Mensalão será apenas uma nota de rodapé nos livros de história. Uma candidatura à presidente, será um capitulo.

Greve médica: direito à saúde x direito de greve

Um mágico contra um cientista em uma das maiores batalhas por patentes

Quem inventou o telégrafo sem fio? Essa é uma questão que pouca atenção desperta em um mundo que esqueceu a importância desse meio de comunicação que um dia foi revolucionário. Aliás, poucos jovens sequer sabem o que é um telégrafo. Mas um dia, no início do século passado, foi travada uma das maiores contendas por sua patente. Uma disputa inusitada entre um mágico e um cientista.

A disputa se deu entre o mágico britânico John Nevil Maskelyne e o cientista e engenheiro italiano Guillermo Marconi. Ambos trabalharam no aperfeiçoamento das "mensagens enviadas à distância, sem o uso de cabos" quase ao mesmo tempo. Todavia, Maslkelyne usava seus conhecimentos para criar ilusão em seus shows de mágica. Usava o telégrafo para se comunicar com um ajudante e deixava o público boquiaberto. Criava a ilusão de que era capaz de ler a mente de qualquer pessoa nos teatros onde se apresentava. Nunca pensou em favorecer a comunicação humana, pelo contrário, escondia seu conhecimento.

Marconi, um cientista respeitado em toda Europa (menos na Grã Bretanha), conseguiu algo inédito: enviou uma mensagem através do Atlântico. Ficou famoso em poucos dias, havia criado o mais eficiente meio de comunicação até aquele momento.

Interesses econômicos entraram em cena. A "Eastern Telegraph Company", resolveu retirar a invenção das mãos de Marconi. Uma renhida disputa ocorreu. O Prêmio Nobel e a patente ficaram com Marconi, mas até hoje, a Royal Institution, concede a Maskelyne a primazia da invenção.

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