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Em Pauta

Já é possível fabricar couro natural sem sacrificar animais

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/06/2018 08:46
Já é possível fabricar couro natural sem sacrificar animais

Durante uma escavação na Arménia um grupo de arqueólogos encontrou algo que parece um sapato de couro. Esse é um sapato de 3.500 antes de Cristo, tem mais de cinco mil anos. Os arqueólogos acreditam que seja um sapato feminino.
A utilização de peles de animais pelos humanos, para vestimentas, remonta à pré-história. Se antes era um uso puramente utilitário - proteger a pele humana, usando a pele de animais - passou a ser um ícone da moda. Mas, este século mostrou uma sensibilidade outrora inexistente, aumenta geometricamente o número daqueles que não toleram o sofrimento animal. São vegetarianos, veganos e grupos que defendem direitos à sobrevivência e bons tratos de animais, especialmente dos domesticados. Ainda não havia uma resposta clara a tirar a pele de animais. Mas a ciência começou a encontrar as primeiras soluções. Primeiro criaram roupas e sapatos de couro artificial. Não é algo muito bem aceito. Não é uma solução total, que agrade a todos. A qualidade do couro natural é imensamente superior à dos couros artificiais.
Um passo decisivo está sendo dado por uma empresa denominada "Modern Meadow". Uma empresa que trabalha com moda, ciência e alta tecnologia. Ela assegura em sua página na web que estamos entrando em uma nova era "a da bio-fabricação". Conforme essa empresa "estamos no início de uma nova idade dos materiais". Estão criando peles de animais em laboratório. Desde seu laboratório em N. York, a companhia começou a fabricar couro partindo do colágeno, uma proteína que é encontrada na pele dos animais, dando origem a um novo material que denominam de "ZOA", um couro de laboratório.
Também debatem que estão criando esse couro por motivações ambientais, uma vez que a indústria têxtil e de couro é uma das mais contaminantes do planeta. Acreditam que entre cinco e dez anos, todo o mercado mundial de couro e de têxteis usará o ZOA. Uma aposta que enche os olhos, mas que ainda deve ser lida com a mesma desconfiança da carne de vaca de laboratório que ainda não cumpriu sua promessa de comermos hambúrguer sem vaca.

Já é possível fabricar couro natural sem sacrificar animais

Nasce o indigenismo esquecido: "Morrer, se preciso for. Matar, nunca".

O tempo é de morte. Ainda não tiveram a coragem de proclamar que "índio bom, é índio morto", mas este é o espírito do nosso tempo. Nem sempre foi assim. Existiu um homem que derrubou essa aversão com seu exemplo. É ele quem dá o nome para a nossa Rua Marechal Candido Mariano. Nome de um Estado, hospitais, estrada ligando São Paulo a Mato Grosso do Sul, bairros, escolas... foi o brasileiro que concorreu ao Prêmio Nobel da Paz, indicado por uma organização de N.York. Esse homem nasceu com o nome de Candido Mariano da Silva. Incluiu Rondon, por ter um homônimo de má reputação. Era descendente de Terena, Bororo e Guará. Órfão ainda criança, foi viver com seu avô e, posteriormente, com um tio. De sua Mimoso, no Mato Grosso, foi parar na Escola Militar do Rio de Janeiro, onde além da alimentação e moradia, ofertavam uma bolsa equivalente aos proventos de sargentos. Era uma fortuna para um jovem pobre saído do nosso Estado vizinho.
Abolicionista e republicano, participou da instalação da república no Brasil. E foi esse novo governo que o mandou lançar redes de telegrafo pelo Centro Oeste e Amazônia. Uma delas foi a rede que ligava Cuiabá a Corumbá.
Durante sua vida, percorreu mais de 100 mil quilômetros, abrindo novos caminhos pelos matos e florestas. Foi Rondon quem elaborou as primeiras cartas geográficas de 500 mil quilômetros quadrados, incluindo parte das cartas do MS. Mas nada disso teria a importância da nova concepção que inaugurou: pacificar indígenas. Rondon manteve o primeiro contato com inúmeras tribos. A lista é imensa: urupaá, jaruna, macuporé, ariqueme...
Em 1913, criou o Serviço de Proteção ao Índio - SPI - o pai da atual Funai. No mesmo ano acompanhou o presidente norte americano Theodore Roosevelt na sua expedição ao Brasil. Em setembro de 1913, Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios nhambiquaras. Salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados que não reagissem, demonstrando na prática seu lema: "Morrer, se preciso for. Matar, nunca".

Já é possível fabricar couro natural sem sacrificar animais

Às vezes, engordar, depende da hora que comemos e não das calorias.

Há um mito que está sendo construído com fervor e abnegação: basta cuidar das calorias ingeridas para que não corramos o risco de ter "aquela enorme barriga". Não é tão simples como vendem. Há de considerar fatores genéticos, hormonais, o sono e os reguladores de apetite. Esse conjunto de variáveis determinam nossa capacidade de ganhar ou perder quilos.
Mas há um novo estudo que colabora decisivamente para o emagrecimento: o horário em que tomamos a principal refeição é fundamental. Os hormônios da saciedade encontram na tarde sua hora mais baixa, e os hormônios da fome estão mais elevados no início da noite. O estudo é denominado "Timing of food intak predicts weigth loss effectiveness" em que fizeram que um grupo de controle tomasse sua alimentação mais calórica, mais rica em energia antes das 15:00h e outro grupo, depois. Os primeiros emagreceram quase dois quilos a mais.

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