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Em Pauta

O anti-partidarismo de Mussolini será nosso futuro?

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/04/2017 07:10
O anti-partidarismo de Mussolini será nosso futuro?

A cor preta, na Itália, até hoje é associada ao fascismo. E assim também é em muitas partes do mundo. Ela foi criada em oposição ao vermelho comunista. Na Itália, quando falam em terrorismo, dizem "terrorismo negro". Quando atacam a polícia e os serviços secretos se dá o mesmo fenômeno - "polícia negra" e "serviço secreto negro". Não há nada relacionado à cor da pele, guardam a má memória dos camisas negras de Mussolini, sua tropa de choque, os homens que o levaram ao poder.

A esquerda brasileira acusa Bolsonaro de ser fascista, mas pouco, ou nada, sabe de fascismo e de Mussolini. Apenas um xingamento. Mas preferem colar no deputado o epíteto de nazista, seguidor de Hitler. O italiano sempre fica em segundo plano. Seria uma figura próxima a um Tiririca falastrão. Ledo engano. Quando Hitler, que desperta muito mais ódio e é mais conhecido, assumiu o poder, em 1933, Mussolini já estava mandando há uma década. Já havia promovido uma radical reforma agrária, a modernização da indústria e as leis trabalhistas (que o Brasil copiou, e preserva, na integralidade). Hitler, de início, copiou Mussolini, até mesmo na saudação "romana", com o braço ao alto. Mas, é importante saber como essa figura esdrúxula, que falava aos borbotões e sempre muito agressivo, chegou ao poder.

A Itália estava combatendo na Primeira Guerra Mundial. Mussolini passou um ano e meio na frente de batalha, com boas avaliações dos oficiais, até que foi ferido em uma manobra com morteiros. Em junho de 1917, o mandaram para casa como se fosse um inválido. Voltou a sua antiga militância em jornais socialistas. Em 1918, o jornal que defendia o socialismo passa por uma drástica mudança, é chamado de "Periódico dos combatentes e dos produtores".

Em torno de Mussolini começaram a aglutinar-se veteranos de guerra, nostálgicos da violência, descontentes com os políticos. Assim nasceram os "fascis", um símbolo tomado do Império Romano. Era um feixe de varas finas. Na época imperial fora uma arma simplória, usada pelos guarda-costas de autoridades e magistrados, mas também tinha sido um emblema de poder. Os fascistas fizeram uma simbiose dos conceitos de poder e violência.

Em 2 de março de 1919, "Il popolo d´Itália", anunciou uma concentração nas ruas de Milão ocorreria no dia 23. A convocação era para "criar o anti-partido", contra a esquerda e a direita, contra socialistas e populares. O "Anti-partido", alheio à política tradicional, eram chamados de "Fasci di Combattimento". Foram ao ato em torno de 300 homens, incluindo curiosos e jornalistas. Majoritariamente eram militares ou ex combatentes, sindicalistas e anarquistas. Mussolini falou no comício sem uma linha clara. Propunha abolir o Senado e dar voto às mulheres. Carregava o tom das palavras contra o capitalismo , especialmente, contra os bancos. Havia uma ansiedade no ar de fazer alguma coisa, de romper tudo, de mudar as coisas, ainda que não estivesse claro como fariam.
O fascismo não era claro como a água, como pensam que fosse. Era uma ideia gasosa que foi sendo montada pela égide do oportunismo, no seio de uma profunda crise econômica e politica do pós guerra. Nem mesmo Mussolini sabia onde isso iria dar. O jovem Benito Mussolini (o nome foi dado por seu pai, em homenagem ao político mexicano Benito Juarez) só sabia de uma coisa: desejava chegar ao poder. Tudo o mais, foi inventando pelo caminho. Mas ele sabia ler o descontentamento popular, enquanto os demais políticos de sua época viviam fora da realidade. Moral da história: quando a cadeira do poder está no ar, a leva o mais rápido e o que invente a maior mentira. Observem a frase programática de Mussolini: "Nós nos permitimos ser aristocráticos e democráticos, conservadores e progressistas, reacionários e revolucionários, legais e ilegais, segundo as circunstâncias de tempo, lugar e ambiente".

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Europeus continuam cobrando medidas mais duras contra as carnes brasileiras

No Parlamento Europeu, 31 deputados falaram nesta semana cobrando medidas mais duras contra as carnes brasileiras. Quem capitania a posição contrária às carnes do Brasil é a França. Maior produtor europeu de carne bovina, os franceses desejam interditar ou ampliar as restrições de toda carne proveniente do Paraná, Minas Gerais e Goiás. A República Checa quer proibir a entrada de todas as carnes brasileiras. Por sua vez, a Holanda, país com portos que mais recebem produtos brasileiros, prefere medidas mais fortes que as tomadas até agora contra as carnes, mas não concorda com a proibição . A Áustria, desde o primeiro momento da crise, é o país que mais endurece as restrições e quer o bloqueio total das carnes do Brasil. A Irlanda, forte concorrente no setor de carne bovina, surpreendeu a todos pleiteando medidas mais amenas.

Mas tudo depende da resposta das autoridades brasileiras à crise. Tudo dependerá dos controles mais reforçados e de melhoras na inspeção sanitária. Todavia, há uma regra universal do comércio internacional que deve ser entendida por todos: qualquer mercado perdido para outro país, tende a ser definitivo, até que surja nova janela de possibilidade. Algo que normalmente leva muito tempo. A péssima ideia de retaliar só serve para piorar os humores. Não temos força para retaliar nenhum país importante. Temos de trabalhar com afinco para sonhar com a retomada dos mercados que tínhamos. Mesmo que leve outros 10 anos, tempo que levamos para a conquista dos mercados antes da crise.

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Os milionários cowboys brasileiros

Eles não vão para Madri, Barcelona ou Londres. Não saberiam o que fazer em Manchester, Turim ou Munique. Essas são as cidades dos sonhos dos jogadores de futebol. Nada entendem de bola, só pensam em cavalos e touros. Para nós, eles são os peões dos rodeios. Para os gringos: cowboys. As cidades dos sonhos do cowboy brasileiro ficam exclusivamente nos Estados Unidos. Tucson, Reno, Nashville, Austin, El Paso, Sacramento e Las Vegas, Santa Fe e Kansas City, são as mecas, onde corre o dinheiro do campeonato de rodeios.

No ranking dos 50 melhores cowboys do rodeio norte-americano estão 7 brasileiros. O Neymar dos cowboys é Kaique Pacheco, de 22 anos de idade. Ele ganha salários astronômicos e o Brasil só vale para as férias e investimentos.

A indústria dos rodeios, além de estar, como a do futebol, há anos a criar alguns milionários, ainda mexe com a economia brasileira. Seus organizadores estimam que 30 milhões de brasileiros sejam aficionados. Teria o tamanho da poderosa torcida do Corinthians. Segundo a Confederação Nacional do Rodeio, as 1.800 provas realizadas anualmente gerariam, aproximadamente, R$10 bilhões e 300 mil empregos diretos e indiretos. É bem provável que tenham hiper dimensionado as cifras e os empregos. Basta comparar com o futebol. De acordo com a FGV, na década passada, o futebol envolvia o mesmo número de postos de trabalho, mas movimentava menos dinheiro: R$7,5 bilhões. Todavia, o rodeio brasileiro é um grande negócio. Mas não há estrelato de cowboy no país do futebol. Só os aficionados sabem quem é Kaique, qualquer bom jogador do diminuto Santos é um Deus.

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Truques usados pelos supermercados para consumirmos mais

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Altura dos produtos

Os produtos mais caros são colocados ao nível dos olhos. Para descobrir preços mais vantajosos, olhe para cima e para baixo. Os produtos que possam despertar o interesse de crianças, obrigatoriamente, ficarão sempre nas prateleiras mais baixas.

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