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Em Pauta

O hambúrguer feito em laboratório é carne ou pasta?

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/03/2018 08:53
O hambúrguer feito em laboratório é carne ou pasta?

A contenda foi aberta. Em uma trincheira os multimilionários Bill Gates e Richard Branson, apoiados pela imensa fortuna da Cargill, Memphis Meats e Beyond Meat, unidos para produzir o melhor hambúrguer de laboratório que for possível. No outro lado, os tradicionalíssimos pecuaristas e frigoríficos do mundo todo. As armas dos primeiros contendores são a defesa do meio ambiente - o "pum" do boi seria responsável por 15% a 23% da poluição mundial - e o maltrato dos bovinos por parte de criadores e abatedores. Para os pecuaristas e frigoríficos, a defesa do sabor inigualável da carne é a arma preferencial.
A "carne" artificial é um aglomerado de células de tecido muscular e gorduroso que vem sendo desenvolvida em um líquido especial. Quando forma um volume razoável é misturado e passa a ter aparência de hambúrguer. A luta dos pecuaristas norte americanos é que esse produto laboratorial não receba a denominação de carne. E não é carne. Quando muito é uma "pasta" . Se, atualmente, existe atum e pasta de atum, peixe e aglomerado de peixe - denominado "kani" - não seria apropriado chamar esse novo produto de carne. É pasta.

O hambúrguer feito em laboratório é carne ou pasta?

Oink! Pigcasso, a porca que vende quadros por mil euros.

Era para morrer em um frigorífico da África do Sul e virou estrela mundial. A porca Pigcasso - batizada em homenagem a Pablo Picasso - se converteu no primeiro animal a ter sua própria galeria de arte e vender os quadros que pinta por mil euros.
Com quatro semanas de idade foi resgatada de um frigorífico por Joanne Lefson, ativista e fundadora do Farm Sanctuary, na cidade do Cabo. Com o tempo começou a interessar-se pelos lápis e pincéis de sua dona. Era só isso que não comia. Ela definiu a arte de Pigcasso como expressionismo abstrato. Começou a dar reforços, comida em troca de telas bem pintadas. Mas Pigcasso só pinta quando têm vontade. Com seus 200 quilos de peso fará exposições em Paris, Londres, Berlim e Amsterdam. O dinheiro irá para a proteção animal. Deviam inventar asneira no chiqueiro.

O hambúrguer feito em laboratório é carne ou pasta?
O hambúrguer feito em laboratório é carne ou pasta?
O hambúrguer feito em laboratório é carne ou pasta?

A conspiração pela patente do telefone.

"Senhor Watson, venha aqui. Quero te ver". O conhecimento popular diz que estas foram as primeiras palavras transmitidas e escutadas por telefone. Há 141 anos, no dia 10 de março, Alexander Graham Bell, um escocês que vivia nos EUA, chamou seu ajudante Thomas Watson de uma sala contígua. Bell é aclamado por muitos como inventor do telefone. Será?
Resumir dessa maneira o episódio de criação do telefone seria esquecer da história de conspirações e roubos - comum no meio industrial - e uma verdade inabalável: as grandes invenções da humanidade raramente acontecem por vitórias isoladas da mente brilhante de uma só pessoa. No caso do telefone foram vários pioneiros. Até hoje todos lutam por essa patente que ficou com Bell.
A palavra "telefone" é criação do alemão Johann Philipp Reis. A primeira frase dita em um telefone é bem extravagante. O alemão disse: "O cavalo não come salada de pepino". Esta, e não a de Bell, deve receber o crédito da primeira transmissão de voz por um telefone da história. Não há uma data precisa para a transmissão do alemão, mas, sem dúvida, aconteceu vários anos antes da conversa do escocês.
Mas a história do telefone nada têm de honesta. No mesmo dia que Bell apresentou a solicitação de patente do telefone, Elisha Gray fazia o mesmo. Naquele 14 de fevereiro de 1876 tinha início uma guerra que até hoje não terminou. Bell e seus advogados foram acusados de plagio.
A hipótese de plágio vem sendo defendida por quase todos os historiadores do assunto. Afirmam que Elisha Gray apresentou um ano antes uma "advertência de patente". Esse é o primeiro passo a ser dado para chegar à solicitação de patente. Bell ou seus advogados viram os desenhos do telefone apresentados por Elisha Gray e os copiaram. Mas a guerra teria outro partícipe.
O congressista ítalo-americano Vito Fossella apresentou no Congresso dos EUA um pedido de resolução - aprovado - dizendo que o inventor do telefone foi Antonio Meucci, um italiano nascido em Florença e emigrado para N.York. Muito tempo antes de Bell e de Elisha Gray o italiano apresentou os desenhos daquele que seria o primeiro telefone. Todavia, no momento de confirmar a patente do aparelho, faltava-lhe 10 dólares para pagar a taxa exigida. Atualmente a patente pertence a Bell e a lei diz que Meucci foi o criador do telefone. Essa guerra continuará.
Por outro lado, há paz no mundo dos celulares. A primeira chamada feita por um celular foi realizada em 1973 por Martin Cooper, um antigo engenheiro da Motorola.

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