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Em Pauta

Os celeiros e as escolinhas de futebol. Passado triunfante e o futuro duvidoso

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/08/2014 08:22
Os celeiros e as escolinhas de futebol. Passado triunfante e o futuro duvidoso

Os celeiros e as escolinhas de futebol. O passado triunfante e o futuro duvidoso

O que é melhor, um celeiro com goteiras no teto, canos enferrujados, portas com dobradiças que não funcionam, ratos correndo por todos os lados e nenhuma organização ou um prédio moderno, com maquinários modernos e eficientes e organização típica de grandes empresas? A resposta a essa indagação foi pela primeira opção quando se trata da base do futebol brasileiro. Os cartolas da CBF e das Federações ainda acreditam que basta um terreno baldio, dois tijolos para demarcar as linhas do gol e uma bola de plástico para formar craques. Esse conceito viveu no passado, se faz predominante no presente e será majoritário no futuro.

Essa crença está com os dias contados no mundo do futebol. Dentro de alguns anos, os futuros craques da seleção serão aqueles que terão passado um tempo aprendendo a jogar na escola. Nas escolas de futebol.

Essas escolinhas foram criadas na década de 1980 para substituir os cada vez mais raros campos de várzea nas grandes cidades. Na década seguinte atraíram a atenção de grandes clubes.

A Chute Inicial, do Corinthians, tem hoje 103 escolas no país e três no exterior. Em média, essa rede de escolas, incorpora 20 jovens por ano às categorias de base do time. A maior revelação delas foi Dentinho, vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

Criada em 2002, a divisão de escolas do Santos tem 90 licenciadas no Brasil. Conta com escolas em três outros países e outras três estão em fase de organização. Computam 20% dos jovens das categorias de base oriundos da rede de escolinhas.

O empresário Sparapani, dono de três das 24 escolas do São Paulo, recebeu sete jogadores da África. Os rapazes vieram para aprender futebol e se tornarem profissionais, com o aval e o apoio de seus países.

Com foco na captação de atletas, o Atlético Paranaense tem 52 escolas licenciadas, nas quais treinam 5 mil alunos. O elenco profissional do time conta com quatro atletas oriundos das escolinhas.

Um dos clubes mais ricos do mundo, o Barcelona, desembarcou no Brasil há dois anos. Sua unidade do Rio de Janeiro conta com 550 alunos e outra unidade será aberta na Barra Funda em São Paulo. A escolinha do Barcelona não é aberta a quem pagar, o clube catalão exige nível técnico mínimo para quem sonha vestir sua famosa camisa. Ela cobra R$200 por mês para dois dias de treinos na semana, enquanto as nacionais oscilam entre R$65 e R$150.

Os celeiros e as escolinhas de futebol. Passado triunfante e o futuro duvidoso
Os celeiros e as escolinhas de futebol. Passado triunfante e o futuro duvidoso

A inteligência cristalizada - o conhecimento dos que têm mais de 50 anos

Pessoas mais velhas são muito lentas, esquecidas e inflexíveis. Quando submetidos a pressão, cometem mais erros que os jovens e ignoram as novas tecnologias. Verdade? Não necessariamente. Essa costuma ser a opinião de muitos.

Pesquisas recentes mostram que, com o avanço da idade, algumas capacidades são fortalecidas. Estudos realizados com técnicas avançadas de imagem revelaram que, com o transcorrer do tempo, as redes de neurônios são reestruturadas e o sistema nervoso passa a ativar diferentes áreas do cérebro.

Como a expectativa de vida aumentou, a idade de ingresso na aposentadoria verdadeira é cada vez maior e muitas pessoas retornam ao mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, a experiência está em falta: são raros os trabalhadores mais jovens e bem formados.

De qualquer maneira, as pessoas com mais de 50 anos levam uma vantagem muito nítida sobre os principiantes - o conhecimento constituído por meio da experiência, a que os estudiosos chamam de "inteligência cristalizada".

Quem pode dispor de mais conhecimentos gerais e um vocabulário apetrechado pelo passar dos anos que as pessoas com mais de 50 anos? É fácil encontrar um jovem com competência social igual ao dos mais experientes? Estes fatos estão sendo reconhecidos pelos empregadores que passaram a preferir os mais experientes para algumas tarefas complicadas - assessoria e relacionamento com clientes é um campo que vem sendo dominado por essa faixa etária. Com o avanço da idade, o rendimento da inteligência cristalizada se mantém constante ou até aumenta em indivíduos saudáveis.

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Sexo e dinheiro são os temas tabus entre pais e filhos

Existe um medo secreto na relação entre pais e filhos: não conseguir criar filhos independentes. E se, a despeito de seus esforços, seus filhos adultos simplesmente não forem capazes de se sustentar? Qual é o segredo? A resposta é simples, mas de difícil execução: comece cedo, seja persistente e certifique-se de que eles saibam quais são as responsabilidades que devem assumir. Assim que seus filhos completarem 16 ou 17 anos, eles devem ser informados que terão de arranjar um emprego e começar a se virar por conta própria após a faculdade. Pode não ser 100%, mas eles terão de se sustentar. Não podem continuar recebendo dinheiro do banco do papai ou da mamãe.

Mas, não é tarefa fácil expulsar os filhos do ninho. Entre pessoas na faixa dos 40 a 50 anos que têm filhos adultos, impressionantes 73% dizem ter prestado ajuda financeira a pelo menos um filho no ano anterior, segundo o Pew Research Center.

Todavia, será que a independência bem-sucedida dos outros 27% que não pediram auxílio aos pais devem-se a ponderados projetos de vários anos visando educar as crianças sobre como lidar com as finanças? Ou são produto de amor exigente, jogando os filhos adultos no "lado fundo da piscina para ensiná-los a nadar"? Não há dúvida, são mais resultado de educação financeira, e de conversas sobre dinheiro, um tema ainda considerado tabu assim como sexo.

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Brasileiros levam cartão vermelho. Veja as atitudes de risco no uso de cartões de crédito e débito

O brasileiro apresenta o comportamento de risco mais elevado no uso de cartões de crédito e débito. É o que indica uma pesquisa publicada pela ACI Worldwide, especialista em segurança em pagamentos.

Quase um terço dos brasileiros afirma jogar documentos com números de contas bancárias no lixo. Um quarto dos brasileiros usa serviços financeiros ou compram pela internet por meio de computadores sem softwares de segurança ou pior, de uso público. Mas os dados conseguem piorar ainda mais - mesmo depois de sofrer alguma fraude, 63% dos brasileiros admitiram os mesmos descuidos anteriores que levaram à fraude. Não aprenderam nem na dor.

Mais de 30% recebeu pelo menos uma má notícia na hora de conferir a fatura do seu cartão nos últimos 5 anos. Estamos acostumados a descartar papéis com informações bancárias ou relacionadas aos cartões sem devida precauções, como picotar as folhas. Acessar o internet banking ou fazer compras em sites por meio de computadores públicos ou sem software de segurança é feito no Brasil pelo triplo de pessoas que nos EUA

O estudo mostra ainda que 12% dos brasileiros costumam escrever a senha no próprio cartão ou trazer consigo anotada em um papel que é mostrado a todos.

Os usuários de cartões abrem brechas de segurança o tempo todo

Com frequência muito alta, as pessoas digitam ou dão o CPF para qualquer um e em qualquer lugar. Pior, alguns governos de estados como São Paulo e Brasília, incentivam e dão prêmios para quem comprar cadastrando o CPF.

Os dados podem ser usados para forjar documentos, emitir cartões falsos, fazer compras pela internet ou contrair empréstimos no nome da vítima. A preocupação do usuário deve ir além de manter a salvo as informações relacionadas ao cartão, os próprios dados pessoais também devem ser alvos de cuidados.

Os bandidos estão obtendo dados de cartões através de falsos sites de promoções, de compras e mesmo através de mensagens SMS, que informam o usuário que ele ganhou um prêmio e pedem confirmação de dados para recebê-los.

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