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Em Pauta

Paulo Guedes Evergreen, o navio que empacou em Brasília

Mário Sérgio Lorenzetto | 13/06/2021 08:45
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O sonho de Guedes era chegar em Brasília. Esteve com muitos candidatos à presidência, mas nenhum venceu. Após um tempo assessorando a ditadura chilena, sonhou em participar do governo Tancredo.  Com a morte do mineiro, Guedes foi se unir ao então candidato Afif Domingues. A candidatura naufragou. Em seguida, procurou apoiar vários candidatos e nada de ir a Brasília. Chegou a ter uma longa conversa com Dilma Rousseff, a presidenta não gostou da pretensão ministerial. Na eleição passada, estava apoiando a candidatura de Luciano Huck. Só quando o apresentador de televisão desistiu Guedes foi vender seu ultra liberalismo para um estatizante de carteirinha. Os dois extremos se uniram incompreensivelmente. Mas valeu para enrolar empresários e o mercado. Já não vale uma pataca. Nas rodas de ministros, Guedes vem sendo chamado de Evergreen, a empresa que empacou um navio no Canal de Suez. Outros o chamam de craca, o molusco que gruda no navio e não sai mais.


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Os delírios de Guedes.

Faltando dois meses para a eleição que consagraria Bolsonaro, Guedes tinha grandes planos. Queria acumular R$1 trilhão com a privatização de todas as estatais e outro trilhão com a venda de imóveis da União. Com o dinheiro arrecadado, somado à economia que faria com a reforma da previdência, apostava que, em apenas um ano, conseguiria os R$ 4 trilhões necessários na época para zerar a dívida pública. Também queria desvincular as receitas do Orçamento, vender a Petrobras, fazer uma reforma tributária, reduzir o custo Brasil e acabar com as isenções tributárias concedidas à indústria por Dilma.


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Recalculando a rota.

Um ano depois, Guedes em vez de R$ 1 trilhão, arrecadou R$100 bilhões com a venda de ativos e apenas a reforma da previdência, que já estava pronta no governo anterior, sairá do papel, ainda que muito desidratada pelas concessões de Bolsonaro. Continuava dizendo que sua missão era privatizar tudo e fazer todas as reformas, além é claro, de zerar a dívida pública, o maior de seus negócios.


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Quando a pandemia chegou...

No início da pandemia, previu que bastaria gastar R$ 5 bilhões para "aniquilar " o coronavírus. A realidade se impôs. Em vez dos cinco bilhões que Guedes previu, já gastou R$ 557 bilhões e ninguém sabe onde essa despesa irá parar. A dívida pública avançou de R$ 4 trilhões para R$ 5 trilhões. A taxa de desemprego subiu de 12% para 14,7%. O dólar disparou. A inflação empobreceu os pobres. O salário mínimo caiu. O PIB teve o terceiro pior resultado da história no ano passado: queda de 4,1%. Em agosto do ano passado, havia 9,5 milhões de pessoas vivendo com menos de R$246 por mês, o número saltou para 27 milhões em fevereiro deste ano.

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