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Em Pauta

Pesquisa contra envelhecimento no espaço

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/05/2018 09:04
Pesquisa contra envelhecimento no espaço

Scott Kelly, um norte americano, é o primeiro astronauta da NASA que passou um ano navegando no espaço. O fez em 2015, a bordo da Estação Espacial Internacional. A maior parte do tempo esteve sozinho, só recebeu a "visita" de Misha Kornienko, um astronauta russo, por alguns dias. A missão é preparatória para a viagem a Marte, que levará em torno de 200 dias para aterrissar no planeta vermelho.
A primeira fase para ser escolhido é, no mínimo, estranha. Fizeram perguntas como: "Preferiria roubar algo em um grande armazém ou roubar um cão?". Ele tinha de escolher, obrigatoriamente, entre as duas alternativas. Escolheu roubar o armazém, sem imaginar onde desejavam chegar. Anos depois, um dos psiquiatras que o testaram disse-lhe que quase foi excluído dos testes por essa resposta. A segunda prova foi um jantar em pequeno restaurante. Kelly narra que foi estressante. Devia beber uma só cerveja, para mostrar que poderia parar na primeira, ou duas, para que vissem que poderia parar na segunda? Para escolher a roupa com a qual iria jantar teve de estudar fotos de outros astronautas em eventos informais.
Nunca se aborreceu no espaço. Tinha sempre um monte de tarefas e muitas coisas em que se ocupar no tempo livre. Escutava música,via filmes e comia algo. "Desgraçadamente não temos no espaço nenhuma cerveja", é a única coisa que declara ter-lhe faltado.

Pesquisa contra envelhecimento no espaço
Pesquisa contra envelhecimento no espaço
Pesquisa contra envelhecimento no espaço

400 experiências no espaço, uma delas é tratar do envelhecimento.

Durante o período em que esteve na Estação, fizeram mais de 400 experimentos. Esteve envolvido em alguns deles. Em algumas ocasiões como operador, outras vezes como objeto de estudos e, em certos casos, nem mesmo sabia que as experiências estavam ocorrendo. Existem experimentos que ocorrem automaticamente no espaço.
Tinha plantas e animais para cuidar. O que mais lhe aprazia era o cultivo de alfaces e de flores. Sabe que o cultivo de flores que fez é essencial para o futuro cultivo de tomates na viagem para Marte. Também levou alguns ratos, eram cobaias em experimentos para a criação de medicamentos para combater o envelhecimento. A razão dessa pesquisa espacial é que os ossos e a massa muscular são perdidos muito depressa nessa atmosfera, muito semelhante ao que ocorre quando envelhecemos, mas é ainda mais rápido. Não sabe dizer os resultados que obteve pois não é um cientista, "apenas" um piloto de nave espacial. Cumpriu ordens, anotou o que lhe determinaram. Outros cientistas afirmam que essas pesquisas são fundamentais para a invenção de medicamentos que combatam os processos de envelhecimento. Também conduziu pesquisas sobre combustão, ciência de materiais, ultrassom e lhe fizeram passar constantemente por provas e testes de saúde mental.

Pesquisa contra envelhecimento no espaço

Câncer no espaço?

Scott Kelly teve câncer na próstata. Até onde sabe, esse câncer não ocorreu pelas viagens espaciais que fez. Apareceu entre a segunda e a terceira viagem ao exterior do planeta. O ano isolado na Estação Espacial Internacional foi a quarta viagem. Mas não sabe explicar se essas viagens influenciaram nas mutações de sua próstata. Também tem problemas de visão. Mas são importantes e estes sim, sem dúvida, são atribuídos às viagens espaciais.

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