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Em Pauta

Proposta de copiar a nota fiscal paulista é furada

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/03/2017 08:13
Proposta de copiar a nota fiscal paulista é furada

"A nota fiscal paulista tem apenas intento político, não serve como instrumento arrecadador", estas as palavras dos assessores do Secretário de Fazenda do Estado de São Paulo à época da instalação dessa inovação. Não só ouvi de todos como mostraram os dados que evidenciavam o insucesso na arrecadação. Cara, uma despesa excessiva para resultados pífios na receita.

A motivação foi dada em um momento em que o governo federal, comandado pelo PT, não se cansava de atender os pleitos dos empresários e lhes concediam todos os tipos de benesses. A São Paulo tucana necessitava responder, criou um instrumento que atendia a toda a população. Trocava informações populares por impostos. Todos seriam convertidos em cobradores de impostos e receberiam em espécie ou em redução de tributos. Uma glória! Todos saíram ganhando, menos os cofres públicos.

Pior ainda é a antiquíssima ideia de sortear prêmios para aqueles que coletarem notas fiscais. Reapresentada pelo novo prefeito paulistano, a ideia foi comprovadamente repudiada por 99% das prefeituras do país. Só serve aos empresários que vendem seus impressos e aos raríssimos ganhadores no sorteio. Uma loteria engana-trouxa.

A verdade é que o setor arrecadatório da prefeitura de Campo Grande, como todos os demais, está arrasado. Seus sistemas são de 15 anos atrás. Foram propositalmente deixados à obsolescência para um dos secretários do Bernal faturar com seus produtos de péssima reputação. Só há uma saída: trabalhar muito, sem inventar, sem soluções mágicas e mirabolantes. Nos anos Bernal-Olarte esse setor foi jogado às favas. Ninguém comandava e raros trabalhavam.

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Educação brasileira: professores agredidos e intimidados.

Uma pesquisa da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - pôs o Brasil na liderança de um ranking sobre a violência nas escolas. A organização entrevistou mais de 100 mil professores e diretores de escolas em 34 países. No Brasil, 12,5% dos educadores ouvidos disseram receber agressões verbais ou intimidações de alunos ao menos uma vez por semana.

A média nos demais países foi de 3,4%. Em alguns - Coréia do Sul, Romênia e Malásia - o índice foi zero. Esse estudo também revelou que apenas 12% dos professores brasileiros acreditam que sua profissão é valorizada. A média geral foi de 31%.Os líderes nesse quesito são todos asiáticos: Malásia, Cingapura e Coréia do Sul.

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Caçador de desejos é a nova profissão.

Criaram uma nova profissão. O nome charmoso é "consultor de branding", nada mais é que um caçador de desejos. O profissional convive com famílias, ouve as musicas prediletas deles, assistem televisão e comem juntos. Durante as visitas - com permissão -, revista as geladeiras, abre as gavetas e anota tudo que nelas exista, vasculha livros, revistas, coleções e downloads de filmes e de músicas. Inspeciona malas e carteiras.

Checa os históricos de pesquisas na internet, as páginas do Facebook, os feeds do Twiter e até o uso de emojis. É um tipo de detetive. As empresas contratam o consultor de branding para planejar sua produção de acordo com os desejos dos potenciais clientes.

Essa foi a relação de sucesso entre a falida Lego e o consultor Lindstrom. Em 2003, a crise bateu às portas da Lego. As pesquisas apontavam que a geração Millennial era impaciente, impulsiva e inquieta e que os nativos digitais perderiam o interesse pelos velhos Legos. Em 2004, contrataram Martin Lindstron , o caçador de desejos mais famoso do mundo. Repaginou os brinquedos dando um ar "século XXI" e mudou, para melhor, a sorte da empresa.

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As empresas do futuro terão de ser mágicas.

Para uma geração Harry Potter nada menos do que fazer magia. E é isso que as empresas terão de fazer para ter boas relações com os clientes. A Accenture Technology acaba de publicar um estudo que aponta as principais tendências tecnológicas do mercado. Eles garantem que essas diretrizes não pretendem fazer futurismo, mas sim identificar aquilo que as empresas tem, necessariamente, de fazer para continuar a sobreviver.

Terão de conhecer muito bem os hábitos e consumo de seus clientes, voltar à logica da mercearia da esquina de bom atendimento, e fazer magia, ou seja, trazer apenas experiências agradáveis aos clientes e parceiros. As empresas brasileiras estão muito atrasadas. Uma pesquisa demonstrou que apenas 3,6% dos nossos empresários perceberam as exigências do futuro.

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