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Em Pauta

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/12/2015 06:58
Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.
Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

Se Papai Noel é uma lenda para os adultos ocidentais, há uma cidade no mundo onde a lenda se torna realidade. Rovaniemi é uma pequena e encantadora cidade de aproximadamente 60 mil habitantes, atravessada pelo rio Kemijoki. Ela é a capital da Lapônia, o último povo ancestral da Europa. Um povo cuja história é tão antiga que se perde nas brumas do tempo e que, ao contrário de nossos indígenas e dos demais antigos povos europeus, é um povo que vive de acordo com seus costumes e detêm um bom padrão de vida (vivem em pequenas fazendas criando renas). Lapões e finlandeses se uniram e construíram a maior cidade de natal do mundo. O período natalino é uma época de intensa atividade em Rovaniemi. Para lá afluem turistas do mundo todo com seus filhos para comemorar nas variadas festas de natalinas o nascimento de Jesus. Pagãos - adeptos de uma religião que se assemelha ao xamanismo - unem-se aos finlandeses - católicos - em meio às festas.

Entre Rovaniemi e a imensa cidade, construída para as atividades natalinas, distam poucos quilômetros. Essa distância é coberta em trenós puxados por cães ou por renas que levam os turistas. Outra parcela de turistas e residentes, a cobre por meio das motos de neve (com esquis no lugar das rodas). Ambos, trenós e "snowmobiles" (as motos para neve), trafegam sob o rio congelado, sob temperatura, média, de 30 graus negativos. Há necessidade do uso de roupas especiais que são facilmente alugadas. Para os adeptos do conforto há uma estrada asfaltada que leva até a cidade de Papai Noel. Não se vê o sol em hora alguma. Os dias são claros apenas entre as dez horas da manhã e as dezesseis horas. É uma imensa festa toda voltada para as crianças. A cidade recebe, e responde, a milhões de cartinhas de crianças do mundo todo, sentem-se responsáveis pela manutenção da lenda do Papai Noel. Uma belíssima experiência que uma criança jamais esquecerá.

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.
Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

A Aldeia do Papai Noel, na Lapônia, é uma imensa fonte de turismo e de dinheiro.

O Santa Claus Main Post Office abre a Aldeia do Papai Noel. É nessa agência do correio que as cartas das crianças do mundo todo se unem para serem endereçadas ao Papai Noel. Foram 16,5 milhões de cartinhas com pedidos de meninos e de meninas e 198 países. A logística é enorme, mas tudo ali é gratuito - com exceção dos souvenires e bugigangas alusivas à época. Entendem que prestam um serviço a todas as crianças do mundo. São elas o público mais fiel da Aldeia do Papai Noel, um grande espaço formado por várias empresas que aproveitam o mesmo local para falar de Natal. E assim fazem crescer o número de turistas na Lapônia finlandesa. Existem outras duas Lapônias - sueca e norueguesa. Em 2014, contaram-se quase meio milhão de visitantes, 90% estrangeiros. Entre receitas e postos de trabalho, o retorno da Aldeia para a economia é de 250 milhões de euros, algo como mais de R$1 bilhão. Isso apenas na Aldeia do Papai Noel. A cidade, Rovaniemi, representa uma economia ainda maior - 600 milhões de euros (algo como R$2,4 bilhões). A grande atração da região é o próprio Papai Noel, figura que está disponível todos os dias do ano, apesar de no inverno ocorrer uma explosão de visitantes.

A história da região é de maciços investimentos em turismo, com retornos bilionários. Um bom exemplo para todos que continuam negando a força potencial do turismo na economia. O turismo da Lapônia não está alicerçado apenas na figura carismática do Papai Noel. Muitos se dirigem àquelas paragens para ver as cósmicas auroras boreais, que a luz solar faz refletir nos céus noturnos. Um turismo construído pela paixão - Papai Noel - e pela natureza exuberante. Ainda que agindo como uma força auxiliar, as visitas às pequenas fazendas dos lapões (o último povo ancestral da Europa, os "índios" europeus) criadores de rena, completam a forte economia de uma região que entende de alegria...e de economia.

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.
Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

Dois "musts" para presentear no fim de ano.

A meteorologia promete calor infernal e muita chuva. Dois presentes ajudarão a "segurar" a onda de calor e chuvarada. As garrafas e copos Stanley prometem manter sucos, chás, café e a cerveja, gelados por muito tempo. Elas são levadas para o Everest para carregar sopas, por toda a turma que sonha em escalar as montanhas. No Brasil, quem venera os copos Stanley é a turma da cerveja, com o sistema de vácuo como isolante térmico, elas são mantidas geladas no copo por 3 a 4 horas. Já as garrafas mantêm os líquidos com a temperatura original por 24 horas e, se adicionar gelo, poderá beber um suco após 120 horas que ele ainda estará gelado. Garrafas por R$ 120 a R$190 e os copos por R$134. São uma bela e prática opção para os atletas de esporte ao ar livre. E ainda para o ar livre, aliás, para o forno ao ar livre que se converterão os próximos muitos dias, vai outra sugestão para presentear: as jaquetas Fuseforme, recém lançadas pela The North Face. Elas têm nylon na parte superior para proteger da chuva e costura selada para garantir a permeabilidade. A parte inferior, contudo, é feita de poliéster para dar mais conforto no calor e permitir que o corpo respire. Traduzindo: o atleta fica protegido da chuva sem se sentir dentro do forno. O preço é salgado: R$1.300.

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.
Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

O que de fato funciona para aumentar a renda dos mais pobres no mundo?

Não se faz dinheiro sem dinheiro. Essa era a fascinante ideia por trás do microcrédito, lançado nos anos 1990 para ajudar os pobres a saírem da miséria. Até um Nobel foi dado a Muhmmad Yunus, que com o Banco Grameen, em Bangladesh, mostrou como dar escala a essa inovação. Passaram-se os anos e a ideia do microcrédito soçobrou. O problema é que, embora traga alguns benefícios, evidências recentes sugerem que, na média, o microcrédito não aumenta a renda, nem os gastos com alimentação e habitação - indicadores mais importantes de bem-estar financeiro.

A pobreza extrema que atinge, aproximadamente, 1 bilhão de pessoas no mundo, é vista como um problema complexo que merece uma solução complexa. Há uma nova tese que está sendo administrada pela Universidade de Yale, uma entidade de nome "Innovations for Poverty Action" (algo como Inovações para sair da pobreza) e a Fundação Ford, que está sendo aplicada e estudada na Etiópia, Gana, Honduras, Índia, Paquistão e Peru. Prevê um pacote de seis medidas:

1. Um "ativo produtivo", ou seja, uma forma de ganhar a vida (animais para criação, colmeias para produzir mel ou suprimentos para abrir uma simples loja).
2. Treinamento técnico para usar o ativo.
3. Uma pequena bolsa regulada de curto prazo para atender às necessidades imediatas da vida diária para que a pessoa não tenha de vender o ativo enquanto está aprendendo a utilizá-lo.
4. Acesso a um auxílio à saúde, para se manter suficientemente saudável para trabalhar.
5. Uma forma de economizar dinheiro para o futuro.
6. Visitas regulares, semanais preferentemente, de um instrutor para aprimorar habilidades, reforçar a confiança e ajudar os participantes a enfrentarem quaisquer desafios que surgirem.

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.
Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.

"A China foi um presente de Natal antecipado" para as exportações de carne bovina. As exportações recuaram 17% no ano.

Disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli: "A China foi de fato um presente de Natal antecipado", citando a reabertura, em maio, do mercado chinês. As exportações aos chineses surpreenderam, e o país se tornou um dos maiores compradores de carne do Brasil. Com a expectativa de que mais três frigoríficos sejam autorizados a exportar para a China ainda em janeiro de 2016 - atualmente, são onze habilitados - a Abiec projeta que as exportações para o país asiático atingirão um volume mensal entre 20 mil e 25 mil toneladas em 2015.

Mas nem o "presente de Natal" chinês conseguiu sustar a queda nas exportações de carne do Brasil em 2015. As fracas compras da Rússia, Venezuela e Hong Kong derrubaram as exportações de carne bovina - 1,4 milhão de tonelada contra 1,5 milhão de toneladas em 2014 (queda de 7%). Os motivos são exaustivamente conhecidos: queda da economia russa e venezuelana e perda de poder de compra de Hong Kong, que era apenas um "triangulador" para o resto da China (comprava a carne do Brasil e revendia para a China).

Rovaniemi, na Finlândia, a cidade do Papai Noel.
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