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Em Pauta

Uma pílula da ressaca está para ir ao comércio

Mário Sérgio Lorenzetto | 01/06/2018 09:12
Uma pílula da ressaca está para ir ao comércio

A civilização começa com a destilação. Ainda que nossa sede por álcool remonte à Idade da Pedra, ninguém descobriu uma forma efetiva de lidar com a ressaca do dia após uma bebedeira. As intoxicações alcoólicas são frequentes, algo como 8% a 10% dos ingressos em hospitais decorrem dos excessos do álcool. Além disso, o álcool é o principal risco de morte prematura ou incapacidades entre as pessoas de 15 a 49 anos. Seu abuso é causa de câncer colo-retal e do fígado.
A Universidade do Sul da Califórnia, está em busca de um antídoto para criar um tratamento para as pessoas com intoxicação ou doses excessivas de álcool no sangue. Criaram uma cápsula cheia de enzimas naturais, que geralmente são encontradas nas células do fígado, para ajudar o corpo a processar o álcool mais rapidamente.
Inspirados na forma em que o corpo decompõe o álcool, escolheram três enzimas naturais que convertem o álcool em moléculas inócuas que, logo, são excretadas. Algo que pode soar simples pois as enzimas não são novas, mas ninguém havia encontrado uma forma segura e efetiva de administrá-las ao fígado. Para proteger as enzimas, envolveram cada uma delas em uma capa de nanotecnologia que já está aprovada no Departamento de Alimentos e Drogas dos EUA. Depois de serem injetadas, funcionaram como reatores para digerir o álcool. O resultado foi a diminuição de 45% do nível do álcool no sangue, em quatro horas. A concentração no sangue de acetaldeildo - composto altamente tóxico, cancerígeno, que causa dores de cabeça e vômito, e é produzido durante o metabolismo natural do álcool que bebemos - permaneceu extremamente baixa.
Atualmente, estão completando provas que visam garantir que essas nanocápsulas sejam seguras e não desencadeiem efeitos secundários inesperados ou perigosos.

Uma pílula da ressaca está para ir ao comércio

A verdadeira história do primeiro paciente tratado com penicilina.

Costumeiramente, ouvimos relatos do acaso, da sorte de um homem chamado Alexander Fleming que descobriu a penicilina. Nada mais falso, não há acaso algum. O médico escocês estava há anos dirigindo as pesquisas em busca de agentes anti-microbianos. Por mais que tentasse, não conseguia purificar os medicamentos que encontrava. Quem conseguiu um mínimo de purificação foram Howard Florey, Erns Chain e Norman Heatley que levaram mais de uma década pesquisando a purificação do antibiótico. E assim também foi no caso do policial Constable Albert Alexander, a primeira experiência em humano. Ele estava com septicemia, decorrente do rasgo em sua pele que havia feito uma roseira nos jardins da delegacia, em Wooton, no condado de Oxford, nos princípios do outono de 1940.
O estado de Alexander piorava rapidamente. Nessa época, alguns cientistas já pensavam em usar a penicilina em humanos, já que havia curado infecções em ratos. O policial estava em fase terminal, seu corpo estava coberto de abcessos e havia perdido um olho. Valia a pena arriscar.
Alexander recebeu uma dose inicial de 200 mg de penicilina, seguidas por outras 300 mg a cada três horas durante cinco dias. O paciente experimentou notável melhoria. Todavia, o corpo eliminava tão rapidamente o antibiótico que Florey comparou sua missão com tentar encher uma banheira sem colocar um tampão. Isto explicava a necessidade de repetir as doses com tanta frequência.
A urina do policial era recolhida e enviada imediatamente ao pequeno laboratório que os três cientistas haviam montado na Escola de Patologia de Sir William Dunn, onde Chain a purificava desesperadamente tentando recuperar um pouco de penicilina. Mas Chain não conseguiu recuperar a quantidade necessária, Alexander teve uma recaída e faleceu. Essa é a verdade, o primeiro paciente tratado com penicilina, morreu.
No entanto, a pequena melhora que o policial teve, serviu para convencer os cientistas que o medicamento era eficaz. Bastaria produzi-lo em grande quantidade. Não tinham dinheiro, nem convenceram autoridades ou empresários para o objetivo. Florey e Heatley foram para os Estados Unidos. Ali convenceram várias grandes empresas farmacêuticas para aumentar a produção. Graças a eles, no final da Segunda Guerra Mundial, milhões de soldados sobreviveram aos ferimentos do campo de batalha e às doenças venéreas que haviam conquistado fora deles.

Uma pílula da ressaca está para ir ao comércio

Sessenta e tantos: na aposentadoria parece que teu mundo acaba.

A aposentadoria é uma mudança vital na rotina diária das pessoas. Também é uma perda de status produzida pelo abandono das relações sociais estabelecidas pelos anos de atividade laboral, além da redução do status econômico. O trabalho é um dos aspectos mais importantes para a construção de nossa identidade e depois da aposentadoria temos de aprender a reestruturá-lo e reforçar essa identidade.
A população mundial envelhece à velocidade supersônica. Segundo as Nações Unidas, em 2017 já havia 967 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, 13% da população mundial. No Brasil, os aposentados são mais de 14%. E mais, a população de aposentados cresceu 72% nos últimos 23 anos, saiu de 8% para os 14% citados. Outro dado fundamental é o de que quando uma pessoa aposenta, ele deverá desfrutar de 15 a 20 anos, em média, a mais de vida.
A aposentadoria é um processo que têm várias fases, ainda que nem todos passem por elas. A pré-aposentadoria é a fase em que começamos a pensar e a criar fantasias com o momento em que saímos do trabalho.
Na aposentadoria, a primeira fase é a da lua de mel, quando aproveitamos para fazer tudo aquilo que sempre desejamos fazer e não podíamos, por falta de tempo. Com a continuação da rotina, que é quando a pessoa planifica distintas atividades que conformam suas novas atividades diárias. Finalmente, como descanso, que é quando a pessoa reduz cada vez mais sua atividade diária. É a época em que perde as fontes de gratificações emocionais o que pode gerar aborrecimento e, posteriormente, até mesmo entrar em estado de depressão.
Depois, vem a fase de desencanto, que é produzida depois de passar a fase de euforia e o descanso iniciais que consideramos merecido. Damos conta que a aposentadoria não é como tínhamos pensado e nem aquilo que havíamos esperado.
A próxima fase é a da reorientação, quando adaptamos nossas vidas desde um ponto de vida mais real e menos idealista. E, por último, chegamos à estabilidade, a época em que conseguimos consolidar nossos hábitos e rotinas e conquistar a estabilidade psicológica.

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