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Finanças & Investimentos

Deixe seu 13º livre para os grandes gastos do início do ano

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 16/11/2015 14:19

Em breve, estaremos em 2016 e, com o ano novo, vida nova e promessas novas. Porém, para a maioria das pessoas, velhos problemas já começam a dar as caras logo em janeiro. Mal voltamos das festas e das férias, e velhos conhecidos nos aguardam sob a porta de casa: os carnês de IPTU e IPVA e os boletos das matrículas escolares, anuidades de sindicatos e de associações profissionais. Junto com eles, as primeiras prestações da festança nas compras de final de ano. Para muitos, a alegria e bem-estar que chegaram junto com o 13º salário começam a desaparecer nesse momento.

Se você não via a hora de entrar na conta o 13º salário ou qualquer dinheirinho extra (como restituição do IR ou bônus) para colocar contas atrasadas em dia, é melhor rever seus hábitos. Você está um ano atrasado em suas finanças. O 13º não tem como objetivo ajudá-lo a cobrir o limite de crédito, mas sim permitir que você pague à vista os grandes gastos de início de ano, como contas do Natal, férias escolares, IPTU e IPVA. Apesar dessa ser a regra, ela não vem sendo seguida pela maioria dos brasileiros, infelizmente.Temos o hábito de concentrar nossos gastos nas festividades de final de ano, gerando um endividamento que nos acompanha por todo o ano seguinte e aguardando ansiosamente a chegada do próximo 13º para colocar a vida financeira em ordem. É um ciclo vicioso nada saudável que se repete, ano após ano, na maioria das famílias.

Para quebrar esse ciclo, é preciso mudar o uso dos recursos extras que chegam ao nosso bolso ao final de cada ano. Se você está com problemas financeiros, obviamente deve usar esses recursos para quitar suas dívidas. Porém, planeje-se para não começar um 2016 repleto de compromissos que deveriam ser quitados ainda em 2015 ou no começo do ano, como impostos ou gastos com férias. Principalmente no caso dos impostos, é nitidamente vantajoso quitá-los à vista, obtendo um bom desconto e começando o novo ano com um orçamento mais leve, sem a obrigação de pagar essas contas em várias prestações.

A maioria das famílias não consegue a façanha de liquidar tais obrigações, pois antes de chegar o final do ano já estão com muitos compromissos atrasados. E perceba: os compromissos estão atrasados porque, todos os meses, o excesso de gastos e prestações dificultou o pagamento das obrigações. É por isso que afirmo que muitos estão atrasados um ano, pois usaram a verba das contas deste ano para pagar as dívidas do ano passado. O mesmo acontece com as contas do mês: em geral, usamos nosso salário para pagar as contas do mês que passou, e não do mês que começa – é um grave erro!

O ideal é apertar o cinto uma vez na vida, sacrificar-se por alguns meses para deixar seu 13º livre para as grandes contas do início do ano. Você até pode usar a crise como desculpa, para sugerir às pessoas queridas que a ceia de Natal seja mais barata, usando mais criatividade e menos dinheiro. Se conseguir isso, perceberá o quão prazeroso é começar um ano com menos prestações pressionando seu orçamento. Será mais fácil manter as contas em dia e contar com o próximo 13º totalmente disponível para os compromissos de início de ano, lá no começo de 2017. E, melhor, sem dívidas, fazendo esse ciclo virtuoso se repetir nos próximos anos. Experimente, você só tem a ganhar!

Fonte: maisdinheiro.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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