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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 09/12/2011 11:33

NELSON TRAD Leu muitos livros, mas se inspirou em Albert Einstein: “Não tente ser bem sucedido, tente antes ser um homem de valor”; e no conselho de Aristóteles: “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta”.

NELSON é o último da geração de longevos/competentes na política de MS. Seu embasamento cultural era raridade nos dias de hoje, quando a maioria dos nossos parlamentares é despida desta qualidade que faz a diferença.

AS ELEIÇÕES de Nelson eram com pouco dinheiro e muito entusiasmo de amigos e admiradores, sem promessas de ‘compensações pessoais’. Feliz, fazia o que gostava e do que jeito que não o violentasse. Seu legado aí está!

DIFÍCIL sobreviver na Câmara por 5 mandatos sem a proteção de empresários, sem a retaguarda do Governo ou sem descender de clã regional poderoso. Ora! Nelson pertenceu a minoria resistente que não negociava a honra.

“QUALIDADE significa fazer certo quando ninguém está olhando” . Essa frase que Henry Ford adotou em sua vitoriosa indústria automobilística, deveria também servir de referência aos nossos ‘ilustres’ homens públicos.

O CONCEITO de ‘excelência’ que a pioneira Ford ganhou da opinião pública era o reflexo da satisfação de sua clientela. Não havia diferença entre o que apregoava Ford e o que realmente eram seus carros em matéria de qualidade.

POLÍTICOS: Poucos tem a mesma postura quando vistos e quando imaginam não estar sendo observados. As câmeras de casos de propinas provam: o discurso em público é falso, muito diferente da conduta ilícita flagrada.

TAL QUAL o lema de Ford, os políticos deveriam fazer da transparência o de ‘selo de qualidade’. Como acumular tanto ganhando pouco? Onde arrumar tempo para conciliar o mandato com a iniciativa privada. ‘Milagres’. Só pode!

NA DINAMARCA a transparência não tem limites. Um vídeo na internet mostra parlamentares num alojamento coletivo em Copenhague, onde até lavam roupas/talheres para dar satisfação aos eleitores. Imagine isso aqui!

VEJA BEM... A Câmara Federal vai votar um ‘pacote de bondades’ que beneficiará seletos funcionários no montante de R$368 milhões no primeiro ano. A população fica sem armas para gritar, apesar das denúncias da mídia.

A IMPRENSA é o melhor partido político do país; realmente defende os interesses do povo com denúncias/fiscalização. Se ela não tivesse sido eficiente, as maracutaias dos 7 ministros demitidos estariam acobertadas até hoje.

OUTRO CASO grave envolve Dagoberto Nogueira ( e mais 4), agora sem mandato e privilégios. Em 22/06/2011, foram denunciados na Justiça Federal pelo desvio de R$30 milhões no Detran, com tipificação de formação de quadrilha.

ELEITOR não consulta tribunais, mas precisa saber. Afinal Dagoberto se posta como pré-candidato e aí a transparência de conduta é uma exigência natural. A denúncia (peculato) envolve atos no exercício da função pública.

NO SAGUÃO da AL a pergunta inevitável: Agora na planície, sem o manto protetor do mandato, o ex-deputado trocará o salto alto pelas as sandálias da humildade? Mas todos apontam: foi o tiro de misericórdia na sua carreira política.

A PROPÓSITO da tese ‘transparência’, lembro o episódio nas eleições Kennedy x Nixon. Questionando a idoneidade do adversário, Kennedy lançou a pergunta: “Você compraria um carro usado de Nixon?” Virou presidente.

REFLEXÃO Tenho conversado com vereadores pré-candidatos a prefeito em suas cidades. Poucos fazem a análise correta das peculiaridades que a eleição majoritária envolve, confundido-a com a eleição proporcional.

PRIMEIRO: Disputar uma eleição proporcional é mais fácil e simples. Depende menos de partidos e grupos e mais da capacidade pessoal de articulação do candidato. Agora, saltar o degrau seguinte é muito complicado. Se é!

SEGUNDO: A eleição majoritária exige algo mais: o consenso de grupos e partidos diferentes. Nos bastidores trava-se luta titânica entre personagens de peso, profissionais na matéria. É um verdadeiro vestibular; implacável!

PESQUISA Qual o conceito sobre a OAB? Como a atual diretoria é vista pelos advogados? Amanhã, TV.Record-D.Digital-FM Cidade divulga os números de amostra que mandou realizar. O importante: sem manipulação.

SANDRO VAIA: “A volta da discussão do diploma de jornalista é ociosa, inoportuna e corporativista. Nenhum diploma vai iluminar ou criar um Gabriel G. Marques, ou Maria V. Ilosa, um Nelson Rodrigues, um Barbosa L. Sobrinho.”

O PLANALTO alimenta a exigência do diploma. Imita a Ditadura que negociou com o sindicato nacional dos jornalistas na época. Como antes, não quer críticas. Quer apenas os jornalistas bonzinhos, que apenas ‘relatam’ as notícias.

ZÉ DIRCEU fala em ‘regulamentação da mídia’ como parte do plano. O chefe do mensalão sabe que nos ‘States’ e lº Mundo não se exige diploma. Logo ele que chegou onde chegou graças a força da imprensa livre. Menos please!

“No Brasil, quem tem ética parece anormal” (Mário Covas)

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