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Manoel Afonso

Azambuja – Coragem & Simplicidade

Manoel Afonso | 02/01/2015 15:30

BELEZA Só não assisti a posse de Harry Amorim. As demais tiveram algo em comum: o discurso da moralidade e o natural replantio de esperanças sob argumentos diversos. Essa última parte do evento é a mais agradável aos meus ouvidos.

MAGIA O poder destila e esparrama no ambiente um glamour incomparável. Você percebe isso nos trajes, olhos, expressões faciais e gestos compatíveis ao momento especial de alegria. Aí conta a satisfação pela chegada ao tão desejado poder.

O DISCURSO Nada além do esperado levando-se em conta o perfil político de Azambuja e o atual momento. Confesso que lembrou os discursos de Wilson Martins quando enveredou-se insistentemente pela seara da postura ética administrativa.

É NATURAL que o novo governador aproveitasse o momento emblemático para estabelecer o marco divisório, sob o risco de ter que se calar para sempre. É assim que funciona quando se inicia um novo governo, para não correr o risco da mesmice.

A LEITURA deste trecho do discurso de posse mostra essa ruptura: “Nosso desafio maior será este: retomar o curso da nossa história original. Realizar o tão esperado novo salto de desenvolvimento e recolocar MS no lutar que ele merece”. Concorda?

FUTURO Sendo a política dinâmica e a questão partidária passando por interesses locais, não se pode excluir a hipótese do PSDB e PMDB estarem juntos. Lembro: o novo governador (PT) de Minas Gerais foi parceiro de Aécio e do PSDB. Certo?

DETALHE Azambuja só citou Milton Campos “sempre haverá aqui um palmo de chão limpo onde podem se encontrar os homens e as mulheres de bem”. Identificação com o mineiro da UDN ou influência do novo secretário da comunicação?

SUTILEZA Azambuja teve coragem e cuidado para não ferir a ‘sensibilidade’ do Planalto, com quem o governo precisa manter boas relações institucionais. Analisando seu discurso detectei um trecho que veste como uma luva ao Brasil atual.

CONFIRA: “Como todos sabem, vivemos um trecho triste de história, em especial na área pública. Continuam em evidência uma profusão de escândalos em série e grandes desvios de finalidade, que causam indignação e revolta”. E o recado foi dado.

O ESTÍLO Não é pelo discurso que se pode definir o estilo do novo governador. Essa definição passará pela sua postura ao longo do primeiro semestre, quando terá passado por uma série de provações, tomando inclusive medidas antipáticas, mas necessárias.

IMPREVISTOS acontecem. São eles que temperam essa salada de ideais e interesses políticos e pessoais. Azambuja tem a melhor das intenções, mas ele não tem garantias de que todos seus escolhidos vão corresponder nas suas funções. Essa a questão!

RETROVISOR Um dia e meio após sua posse Pedrossian teve a coragem de demitir seu amigo Osmar Dutra do cargo de diretor do Previsul porque ele demitira os grevistas da gestão anterior sem ouvi-lo. Pedro queria antes analisar o episódio da greve.

O EPISÓDIO fortaleceu o governador perante a opinião pública. Mostrou que ele tinha conhecimento da realidade administrativa e que a decisão final era dele, intransferível portanto. Pedro mostrou sem medo a autoridade do cargo.

RÁPIDAS O senador Moka, os deputados Dagoberto e Mandetta não foram à posse. A senadora eleita Simone foi presença de destaque. A entrega do ramalhete de flores pela atual primeira dama (Fátima) à Bethi Puccinelli amainou o clima no parlatório.

OLHARES Cada qual com o seu. Mas a visão predominante é que não se confunde o desgaste político pelo exercício natural do poder com o prestígio pessoal de André como administrador. Pedrossian é o maior exemplo, hoje felizmente reconhecido.

BIFURCAÇÃO Azambuja e André já caminharam juntos e agora cada qual segue sua estrada; cada qual com suas prioridades existenciais. Ambos tem plena consciência de que o poder é efêmero e que passa muito rápido, como aliás – tudo nesta vida.

MEMÓRIA Na posse de Azambuja lembraram: Wilson entregou o governo a Zeca com os salários atrasados. Já o governador do PT, também falhou: os funcionários recorreram a empréstimo no Banco do Brasil para garantir o Papai Noel.

JUSTIÇA Prefeito Ivan ( Xixi) de Paraíso das Águas anunciou que dois bustos, de Pedrossian e Puccinelli, serão colocados no trevo que dá acesso a sua cidade. Será o reconhecimento público pela ação administrativa de ambos em prol do município.

GIROTO Como seu PR comanda o Ministério dos Transportes através de Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), ele poderia ser indicado para comandar o cobiçado DNIT. Uma tese interessante e que poderá ser confirmada até o final deste mês.

RADIOGRAFIA Criado em 2002, o DNIT gerencia as rodovias (56 mil kms), as ferrovias ( 28 mil kms), as vias navegáveis e as instalações portuárias. A indicação de sua chefia é política, mas o escolhido há de ser um profissional competente.

EM TEMPO Há uma certa carência de engenheiros com experiência de campo, talvez provocada pela própria conjuntura nacional. Aí, alia-se o currículo de Giroto com sua posição política partidária fincada no PR. Convenhamos, que pode dar samba.

NA TELEVISÃO Dia 6 próximo, estaremos participando do programa do Picarelli na TV-MS Record, juntamente com os colegas Abrão Razuk e Marco Euzébio.Na pauta várias questões políticas de cunho regional e nacional do dia a dia.

E ninguém fará por nós o que é nosso dever. Nós faremos!”( Reinaldo Azambuja)

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