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Manoel Afonso

‘Escândalos não alteram pesquisas na capital’

Manoel Afonso | 14/08/2015 10:54

O DEBATE A pretensão do Planalto em unificar o ICMS para ‘acabar com a guerra fiscal’ entre os Estados é repelida na classe política e empresarial. A opinião dominante é que MS perderá o poder de fogo ou de barganha na atração de indústrias.

SERGIO LONGEN (FIEMS) tem autoridade para dizer que com a alíquota única de 4% do ICMS muitas indústrias deixarão o Estado, provocando desemprego e queda na renda. Todo o trabalho de atrair indústrias seria destruído a curto prazo.

LEMBRA a senadora Simone Tebet que a proposta prejudica 9 Estados e para MS a queda seria de 16%, perto de R$ 360 milhões mensais. Citou ainda a situação cômoda de São Paulo; independe do ICMS, pois fatura alto com o IPI e os royalties.

BALELA? A proposta de se criar um ‘fundo’ para dividir recursos visando compensar os prejuízos dos Estados é rechaçada pela senadora. Cita o golpe do Planalto com a Lei Khandir que isentou do ICMS nossos produtos agrícolas para exportação.

PÉ ATRÁS Apesar dos argumentos do ministro Levy, o governador Reinaldo está ressabiado. Como tocar o Estado com menos dinheiro? Esse ‘fundo’ dependente do dinheiro sujo a ser repatriado é uma incógnita, passa insegurança e dúvidas.

EXPLICANDO: É um Projeto de Resolução da Presidência da República, apreciado só no Senado; não passa pela Câmara. Aprovado, vai direito ao Executivo para sancioná-lo. Como ele beneficia a maioria dos Estados (ricos) a aprovação é certa!

DELCÍDIO É acusado por Simone de articular a aprovação deste projeto em prejuízo ao MS. Ele se defende, diz tratar-se de interpretação equivocada face as garantias dadas pelo Planalto. Um assunto que será explorado politicamente no futuro.

A BATALHA Acusado de 6 irregularidades o prefeito Olarte respira graças a sólida base parlamentar. A tendência é que ele permaneça no cargo por força dos dispositivos que devem embasar sua defesa, independente das manifestações em plenário.

ANOTE: A derrubada de Olarte interessaria de perto ao PT por motivos óbvios. Aliás, a escolha de Campo Grande para receber a fiscalização da Controladoria Geral da União é uma ‘baita coincidência’, mostra o dedo de gente graúda neste episódio.

DEFINIÇÃO de Lauredi Sandin, do IPEMS: O candidato tem que estar na agenda do eleitor ; não há espaço para nomes saídos da cartola; conta muito a baixa rejeição individual. Confira abaixo as conclusões do cenário atual em Campo Grande.

VEJAMOS: André, Reinaldo e Nelsinho – pela ordem – seriam os grandes eleitores que transferem prestígio. Os últimos escândalos não teriam abalado o prestígio dos peemedebistas que continuam muito presentes no imaginário do eleitor.

MARQUINHOS: Não teve desgastes algum em seu prestígio após o ‘Lama Asfáltica’ e sua rejeição é incrivelmente baixa. Sua associação ao irmão Nelsinho não o prejudica e sim o beneficia. As dúvidas nestes dois questionamentos foram sanadas.

SIMONE: Apesar de seu distanciamento do embate, continua fortíssima e sem rejeição. A seu favor os eleitores citam a influência do pai e a experiência como prefeita de Três Lagoas. Pasmem! Seria a adversária de Marquinhos no segundo turno.

BERNAL: Apesar de estar frequentando a mídia para tentar voltar ao poder, não cresceu nas pesquisas a ponto de desbancar Marquinhos. Aliás, ficaria de fora do 2º turno com Simone candidata. Tem dificuldades de agregar apoiamentos.

O CENÁRIO mostra o PT enfraquecido, sem um nome pontuando com destaque. Também a vice governadora Rose aparece ainda sem a musculatura ideal, mas não se pode esquecer: tem carisma, poder de fogo e um padrinho muito forte.

GOLPE? Para o deputado Barbosinha o PT acostumou-se na surfar na maioria e agora critica a oposição contra Dilma. Na sessão desta quinta feira ele usou da tribuna para rebater com lucidez o discurso de Kemp sobre a tal ‘tentativa de golpe’.

BARBOSINHA lembrou: o PT cresceu nas ruas, não pode recriminar a livre manifestação popular. Ressaltou que as ações da ‘Lava Jato’ estão dentro da lei e que não procedem as críticas e lamúrias petistas contra o juiz Sergio Moro.

IMPEACHMENT Lula tenta salvar o Governo. Mas no TSE dois ministros já votaram pela investigação do governo Dilma. Os desdobramentos da Lava Jato assustam o PT e tem gente da CUT falando em pegar em armas. Ué! A Venezuela é aqui?

NAS RUAS Só os petistas tem motivos para ficar em casa. Questiono: mas será que eles teriam desconto exclusivo nas compras dos supermercados, na conta de energia e dos combustíveis? Só pode! Vivem outra realidade, sem inflação é claro!

ZÉ TEIXEIRA Lembra: apenas procedeu a normatização da assistência médica aos deputados face a nova realidade econômica, economizando R$ 400 mil mensais. Com sua franqueza, mostra os desafios que vai vencendo no cargo de secretário.

INUSITADO Deputado Marcio Fernandes proporá o fim do limite mensal (hoje de 20) da gratuidade nas viagens de ônibus intermunicipais aos cegos, além do desconto (pela Energisa) na taxa de iluminação pública e do consumo residencial.

EVIDENTE que o projeto motivará debates, mas após o encontro com o presidente da Associação dos Deficientes Visuais da capital, Silvano Azevedo, o deputado saiu convencido: trata-se de um segmento social desprotegido que sofre calado.

“Cometi um erro, não um crime”. (ex-ministro José Dirceu)

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