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Manoel Afonso

Mudanças nos cenários

Manoel Afonso | 05/07/2013 14:53

Pesquisa - É a pimenta do ‘tira gosto’ da feijoada eleitoral. Rende comentários e dá asas à imaginação. No final de março, quando a Rede MS Record coletou os números da pesquisa na Capital, tanto o cenário local, como o nacional,eram outros.

Na época - Dilma surfava na maionese, reverenciada no exterior e a economia era referência até no 1º mundo. Mas de lá pra cá tudo mudou: o descontentamento sangrou nas ruas, a inflação voltou e o modelo político exauriu por completo.

Números - André recebeu a aprovação de 66,4% e na disputa para o senado obteve 51,5% contra 37,9% de Reinaldo. Já Delcídio liderou em todas simulações, quer contra Nelsinho, Reinaldo ou Simone como se verifica do ‘drops’ seguinte.

Cenário 1 - Delcídio 37,8% - Nelsinho 30,1% - Reinaldo 17,6%. Cenário 2: Delcídio 44,8%, Reinaldo 24,1% - Simone 14,6%. Cenário 3: com apenas duas candidaturas ao Governo - Delcídio 48,9% - Nelson Trad 34,9%.

Detalhe - Quanto ao sentimento de rejeição do eleitorado – naquela época – Delcídio ficou na casa dos 12% - contra 14% de Reinaldo, 22% de Simone e 32% de Nelsinho. Cada analista tem sua visão para justificar o patamar de cada nome.

Mudanças - Nelsinho está no governo e circula ao lado de André para consolidar sua candidatura. É possível que a próxima pesquisa detecte melhora de desempenho pelo seu engajamento e de companheiros do PMDB e cia no projeto.

Delcídio - Atua em várias frentes: defende Dilma (garantindo liberação de verbas, obras e fortalecendo-se no Planalto), além de flertar com Reinaldo e tentar manter boas relações com Zeca do PT. Continua sua peregrinação pelo interior.

Reinaldo - Tem aparecido pouco na mídia. Fruto de sua estratégia e estilo retraído demais para uma figura pública. Mas sua candidatura ao senado ganha corpo numa espécie de coligação branca com Delcídio. É o que dizem no saguão da AL.

Opinião 1 - Os peemedebistas insistem: Delcídio não teria unanimidade dentro do PT por conta das divergências do grupo de Zeca. Além disso não teria conseguido formatar um grupo com lideranças expressivas ao longo de sua trajetória pública.

Opinião 2 - Os defensores de seu nome, entre eles petistas que antes o detestavam na AL – lembram de seu desempenho na CPI dos Correios e do bom trânsito junto a vereadores, prefeitos, deputados, Palácio do Planalto e ministérios.

Opinião 3 - Separa Delcídio do PT, enaltecendo seu perfil light e lembrando que sua filiação partidária é mera obra de circunstâncias da época. Aliás, Zeca já disse: Delcídio não foi às ruas com a militância por ocasião das greves bancárias.

O ‘Caldo’ - na panela sucessória é interessante. André sinaliza ir para casa: Nelsinho cresce com o desempenho pífio de Bernal; Azambuja corre por fora, Zeca se conforma com o papel de mero coadjuvante e Delcídio se equilibra entre ondas.

Problemas - As frases vistas nas ruas exalam certa náusea pela classe política. Aliás, a eleição de Bernal sinalizou isso. Mas esse pessoal sabe: ruim com os políticos, pior sem eles. Aí aumenta a dificuldade de se encaixar o discurso ideal.

Renovação - Impossível fugir dela. Acontecerá ainda que seja para pior. Deputados já admitem que essa eleição de 2014 será divisor de águas. Veteranos devem desistir de concorrer, evitando assim embate desgastante ou até humilhante.

Expectativa - MS vai se incorporar ao movimento de revolta instalado nas redes sociais? Até que ponto influenciará nas camadas sociais de menor poder aquisitivo? Até onde a sucessão nacional respingará na escolha de governador?

Expectativa 2 - Parte da sociedade – ancorada nas redes sociais e manifestações de ruas – elegerá representantes na Al e Congresso? Dependerá da postura gerencial do Planalto, da economia do país e dos escândalos em todos os níveis.

Sem medo - Todos os segmentos sociais ‘descobriram’ finalmente o caminho das ruas também aqui na capital. Se no futuro as placas e faixas falarem mais dos problemas locais e dos nossos políticos, estará criado um fato novo e até contagiante.

Insatisfação - Sentida no bolso. A classe média se ‘vira nos 30’, admite ir para as ruas. Como ser feliz com Bernal e seu ‘café VIP’, as mutretas do H. do Câncer, os 40 ministérios, os mensaleiros no poder e uma presidenta naufraga?

Cenário de Hitchcock - Inflação anual de 6,7%; balança comercial negativa, retração do consumo e da industria, alimentos em alta, fuga dos investidores e a quebra de Eike Batista se contrapõem ao discurso falso da marionete Dilma.

De arrepiar - Sempre questionei os critérios da escolha do cargo de reitor das universidades federais e se o eleito tinha condições de gerenciar. A CPI do Câncer na Câmara da capital mostra despreparo e falta de comprometimento.

De leve... - Financiamento público de campanha distanciará o candidato do eleitor. Ele vai usar o dinheiro público (nosso) e de doadores (caixa 2), os ‘recursos não contabilizados’ como diz o PT. Por que não investir essa grana na saúde?

Repercute - O texto de Jussimara Bacha falando de suas dores no drama de ter sua casa queimada pelos índios, destruindo todo seu passado. “Jamais poderei voltar para lá, porque fantasmas perambulam em cima dos escombros...”- arremata.

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