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Manoel Afonso

Tereza Cristina: a estrela que sobe!

Manoel Afonso | 14/10/2022 08:34

NOVA FASE: A nomeação do ex-vereador Mario Cesar como secretário das Relações Institucionais da Prefeitura da Capital sinaliza oxigenação nas relações com a Câmara Municipal e Governo Estadual. A prefeita Adriane Lopes precisa de apoios para vencer vários desafios. O pagamento do 13º salário dos servidores e a agilização de obras em andamento estão no rol das prioridades. O experiente Mario Cesar foi uma boa escolha.

ATENÇÃO: Não foi apenas pelos 829.112 votos (mais de 50% dos votos válidos), mas também pelas posturas convergentes ao seu nome com bom transito entre eleitores da maioria das outras candidaturas majoritárias. Com musculatura e luz própria, a senadora eleita Tereza Cristina (PP) passa a ser uma nova protagonista muito influente no cenário estadual.

ANOTE: Pelo estilo e origem, acolhida em vários nichos partidários, inclusive no MDB , a situação de Tereza Cristina é bem melhor que da senadora Simone Tebet, ausente do MS há 8 anos.  Para tentar reconstruir seu espaço local, Simone depende da vitória do PT ao Planalto e de sua participação naquele Governo. Aqui saiu chamuscada destas eleições.

BACALHAU: O cargo de vice lembra o peixe cuja cabeça não aparece. Nestas eleições ao Governo os companheiros de chapa sem espaço na mídia. O candidato Beto Figueiró (PRTB), vice do Capitão Contar (PRTB), por exemplo é desconhecido da maioria do eleitorado. Com maior visibilidade na mídia está Barbosinha (PP), vice de Ridel (PSDB) e atualmente deputado.

DUAS FIGURAS: Devemos à ambas a criação do nosso Estado: o médico Vespasiano Martins que exonerado do cargo de prefeito de Campo Grande proclamou o ‘O Estado de Maracaju’ em 1932; e o ex-presidente Ernesto Geisel, autor do ato de criação do MS. Sem paixões ideológicas precisamos cultuar melhor a memória destes dois cidadãos ilustres.

AMNÉSIA: Olhando apenas para frente, a geração atual ignora o retrovisor da história e seus personagens. Será que nas escolas há a preocupação em cultivar esses valores? O passado importa sim! Ambos merecem ser homenageados com monumento (ou algo similar) em local de destaque na Capital. Mas isso ocorrerá? É que os políticos têm outras ‘prioridades'.

2º TURNO: Quase sempre carrega reflexos do 1º turno. Mas no período entre ambos tudo pode ocorrer. E aconteceu: Marquinhos Trad, Rose Modesto e Puccinelli decidiram apoiar o capitão Contar. Mas pela votação obtida aqui - Bolsonaro será o grande influenciador nas eleições locais. Não por acaso  Contar e Riedel colaram no presidente.

OPINIÃO: "(...) O PT nunca foi um partido democrático. Sua violência é implícita. Coloniza instituições da República, persegue seus desafetos no espaço público, cala a oposição com elegância, tudo isso sob as palmas da inteligência pública enviesada. A estridência ideológica da esquerda pode custar caro para ela diante do espírito disciplinado do protestantismo popular nacional (...)” ( Luiz Felipe Pondé).

LUIZ F. PONDÉ: “(...) A mídia profissional precisa abandonar a preferência ideológica se ainda quiser ser relevante. É triste ver as ginásticas que jornalistas, comentaristas e afins fazem para fingir imparcialidade – alguns nem mais fingem, escondidos atrás da manta ridícula da “ameaça golpista”, e berram aos 4 cantos do Brasil os seus horrores a quem cheira a 'sangue de Jesus tem poder' (...)”.

FAXINA: A cada eleição damos bilhete azul para políticos extremamente viciados no poder, que por um motivo e outro já tinham esgotado (se é que tinham) seu potencial. Mas de outro lado acabamos elegendo candidatos de capacidade e perfil extremamente duvidosos. Enfim, no afã de fazermos a varredura, acabamos reincidentes na avaliação de alguns postulantes. Um dia ‘o limpa’ será geral.

TENTATIVAS:  É o que temos feito ao longo das eleições ao fazer opção por esse ou aquele candidato ao legislativo e executivo. Às vezes de nada valem os cuidados ou critérios que tomamos. Os eleitos nos surpreendem, tiram a máscara e se revelam incompetentes, mesquinhos, sem caráter. Mas temos que persistir buscando a perfeição.

DANTE FILHO: “(...)Rose acha que o Governo do Estado acumulou bons superávits e precisa gastar esse dinheiro com o povão. Se essa fórmula fosse tão simples assim, então ela tá sugerindo que os atuais mandatários são seres maldosos, sem bondade no coração, e que ela, a fada madrinha da economia, fará que uma aspersão de dinheiro, certamente jogando maços de notas de R$ 10,00 de cima de um helicóptero, resolverá o problema (...)”.

A PROPÓSITO: Independentemente do êxito ou não da sua nova decisão nestas eleições, Rose Modesto frustrou em seu projeto como protagonista. A votação do mano Rinaldo - 12.800 votos (contra 24.800 em 2018) sinaliza: o discurso/postura se esvaíram pela mesmice e visível limitação da capacidade de se reinventar. E ela sobreviverá?

PINGOS NOS IS: Olhe para seu bolso, sua conta e evolução patrimonial nos últimos 4 anos. Faça isso antes de discutir política com amigos e parentes. Sete em cada 10 deputados federais enriqueceram nos últimos 4 anos. Deles (513) só 28 foram eleitos com votos próprios, beneficiados pelo tal quociente eleitoral. Não nos representam.

‘MAUS EXEMPLOS’: Também aqui houve farra com o Fundão. Candidatos desistentes e barrados pela justiça gastaram R$ 1 milhão. Os campeões - 2 agentes da justiça:  o ex-promotor Sérgio Harfouche (barrado) torrou R$450 mil e a delegada de polícia Sidneia R$ 170 mil mesmo tendo renunciado a candidatura. Devolver jamais! O trouxa do contribuinte pagou a conta.

DESAFIOS: Iris se elegeu prefeito de Goiânia aos 83 anos de idade, Londres se reelegeu deputado estadual aos 80 anos; Tancredo se elegeu a presidente no Planalto com 75 anos e Wilson Martins governador aos 77 (em 1994). Cenários diferentes, mas que inspirariam o ex-governador Puccinelli a disputar (em 2024) a prefeitura da capital aos 77 anos. Até lá águas vão rolar.

SOBREVIVENTE: Júlio Campos (76 anos) será o único político no Mato Grosso com mandato desde a divisão. Após transplante de fígado (2017) foi eleito deputado estadual com 31.800 votos. Foi prefeito de Várzea Grande (1972), governador, senador, deputado federal por 3 mandatos. O ex-governador e deputado federal Carlos Bezerra (80 anos) não se reelegeu.

CALMA!: Gente afoita tentando atropelar a sucessão da mesa diretora da Assembleia Legislativa. Aviso: as eleições majoritárias nem terminaram. Muitos interesses gravitam em torno dela e há personagens influentes em cena. A escolha da presidência e da 1ª Secretaria não é obra do acaso. Portanto, que cada um voltem aos seus lugares.

DOURADOS: O deputado estadual Marçal Filho avaliou mal ao trocar o PSDB pelo PP e não se reelegeu apesar dos 24.758 votos. Sorte de Lia Nogueira (vereadora douradense) que no PSDB garantiu a vaga com 15.155 votos. Para compensar, Dourados elegeu 3 deputados federais: o campeão de votos Marcos Pollon (PL) 103.112 votos, Geraldo Resende (PSDB) 96.519 votos e Rodolfo Nogueira (PL) 41.773 votos.

PILULAS DIGITAIS:

“Não vejo a hora de acabar com as eleições e a gente planejar a viagem à Ponta Porã para as compras de Natal". (na internet).

“Lula & Alckmin, Bolsonaro & Moro. E os eleitores ingênuos/fanáticos digladiando por aí”. (na internet).

“Político é aquele que, quando é informado que a mulher teve quadrigêmeos, pede recontagem". (Carlos Castelo).

“Tentar curar a doença britânica com socialismo era como tentar curar leucemia com sanguessugas". (Margaret Thatcher).

“Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público".(Thomas Jefferson).

"O que é meu é meu, o que é vosso é negociável". (Joseph Stalin).

“É muita pretensão do homem inventar que Deus o criou à sua imagem e semelhança. Será possível que Deus seja tão ruim assim?”. (Ernesto Geisel).

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