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Direto das Ruas

Avenida de Campo Grande amanhece forrada de documentos da Justiça

Cerca de 300 metros de folhas, cópias de documentos e investigações da Polícia Federal foram espalhadas pela via.

Geisy Garnes e Mirian Machado | 05/12/2018 09:15
Documentos foram deixados na Ernesto Geisel (Foto: Direto das Ruas)
Documentos foram deixados na Ernesto Geisel (Foto: Direto das Ruas)

Parte da Avenida Presidente Ernesto Geisel, próximo ao cruzamento com a Fernando Corrêa da Costa, amanheceu nesta terça-feira (5) coberta de papéis. O que chama atenção de quem passa pelo local é o conteúdo dos documentos, que trazem cópias de investigações da Polícia Federal, mandados de busca e apreensão, transcrições telefônicas e boletins de ocorrência.

São cerca de 300 metros de folhas espalhadas pela via. Entre os papéis, está a cópia da investigação feita pela Polícia Federal durante a Operação Quijarro, em 2010, contra o tráfico de cocaína na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia.

O inquérito, agora jogado na rua, detalha interceptações telefônicas e os nomes dos envolvidos no esquema, que entravam com a droga por Corumbá e Ladário, passava por Campo Grande e depois transportada para Balneário Camboriú, Navegantes e Itajaí. A carga era escondida em vans de turismo e até no corpo de “mulas”.

Em outra folha, a cópia de uma mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz federal da 5ª Vara Federal de Campo Grande também no ano de 2010. O alvo da ação era uma casa em que supostamente funcionava como boca de fumo no bairro Coronel Antonino.

Um auto de prisão em flagrante descreve com detalhe a prisão de três traficantes - dois homens e uma mulher - na BR-262 em novembro de 2009. O trio também transportava cocaína, além de uma pistola de pressão.

Cópias de documentos, pedidos da defesa a justiça federal, e até detalhes sobre a investigação do assassinato de Maria de Fátima Florentin Tavares - executada a tiros em fevereiro de 2010 - somam as folhas jogadas na rua.

A situação chamou atenção de quem passava pelo local e levantou várias teorias. Ouvintes do programa Mega Manhã chegaram a levantar a hipótese de que os documentos foram jogados durante uma fuga da polícia. Também relataram que as folhas estavam espalhadas em outras partes da cidade, como na entrada para o Jardim Hortência e na Avenida Campestre.

"Achei estranho. Pode ser que alguém quis jogar algo fora, esconder e acabou jogando tudo por aí", disse um homem que parava em um estacionamento da região. A explicação para o “mistério”, no entanto, veio do advogado Mário Sérgio Rosa.

“No sábado fiz uma limpeza no escritório e os processos que estavam prescritos, nós rasgamos e jogamos em uma caçamba que está aqui na frente, para levarem embora. Mas na segunda-feira vi uma caminhonete de reciclagem parada ali, pegando os papéis, não sei se caiu da carroceria”, detalhou o advogado, que ainda justificou a limpeza para a reforma de uma sala no escritório.

Direto das Ruas - A sugestão de reportagem chegou ao Campo Grande News por meio do Direto das Ruas, canal de interação do leitor com a redação.

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