ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 23º

Direto das Ruas

Condenados do regime aberto cobram por vagas na rua, acusam motoristas

Motoristas que frequentam Hospital Evangélico denunciam movimentação de flanelinhas em frente do local

Ronie Cruz | 24/07/2019 12:36
Movimentação de flanelinhas em frente do Hospital Evangélico na Vila Sobrinho (Foto: Ronie Cruz)
Movimentação de flanelinhas em frente do Hospital Evangélico na Vila Sobrinho (Foto: Ronie Cruz)

A presença de flanelinhas em frente do Hospital Evangélico, na Vila Sobrinho, tem incomodado motoristas. Em denúncia enviada pelo canal Direto das Ruas, leitor reclama da cobrança por vagas de estacionamento público em frente ao hospital, na Rua Américo Marquês.

Uma pessoa que trabalha na região e que prefere não ser identificada disse os flanelinhas apareceram na rua há quatro meses. “Às vezes eles colocam pedra ou tijolos em cima do papelão nos parabrisas dos carros para proteger do sol. Tem hora que não dão conta de tirar e os motoristas ficam bravos. Já quebrou até a paleta de um carro”, contou.

O cozinheiro Guilherme Coelho, 32, que foi levar a mulher para exame oftalmológico no hospital reclama. “Semana passada eu estacionei e um [flanelinha] pediu uma colaboração em troca de cuidar do meu carro. Eu não acho nem um pouco certo. É um direito nosso o de ir e vir. Eles não tem autorização pra isso”, reclamou.

No local, a poucos metros da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos), uma mulher que prefere manter o anonimato disse que não vê necessidade de flanelinhas. “Aqui tem segurança. Mas tem gente que é abordado e por medo de que risquem o carro ou que façam alguma coisa acaba pagando”, disse.

Estabelecimento Penal de Regime Aberto a poucos metros do hospital (Foto: Ronie Cruz)
Estabelecimento Penal de Regime Aberto a poucos metros do hospital (Foto: Ronie Cruz)

Mais velho em atividade, conforme relatou ao Campo Grande News, o flanelinha e interno do estabelecimento penal que se identificou apenas como Wilian, 20, disse que os roubos e furtos acabaram depois que o grupo passou a atuar no local. “A gente não cobra. Se a pessoa puder ajudar tudo bem se não puder tudo bem também. Eu cuido desse pedaço da rua. Lá do outro lado são os outros. Temos autorização do hospital”, afirmou.

A administradora do Hospital Evangélico, Sara Cruz, nega que os flanelinhas tenham autorização do hospital para exercerem a atividade em frente do local. Ela diz que a segurança diminuiu na região desde que o presídio de regime aberto foi instalado há pelo menos cinco anos próximo do hospital.

“Os flanelinhas não têm nenhum vínculo com o hospital. Eles vieram para cá depois que colocaram o presídio aí. Fizemos até um abaixo assinado para que retirassem o presídio daqui por causa de roubos, assaltos e até morte que aconteceram aqui perto de uns tempos pra cá. Até o hospital já foi assaltado”, reclama.

Veja o vídeo da movimentação de flanelinhas no local:

Direto das Ruas – A sugestão chegou ao Campo Grande News por meio do Direto das Ruas, canal de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99955-2040, pela ferramenta Fale Conosco ou por mensagem enviada via Facebook.

Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos devem ser feitos com o celular na posição horizontal.

Nos siga no Google Notícias