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Direto das Ruas

Família entra na Justiça para avó de 55 anos conseguir vaga em hospital

Internada há 4 dias no posto do Coophavila, Ilma não fez raio-x, por exemplo, exame essencial em caso de covid

Paula Maciulevicius Brasil | 17/05/2021 12:46
Ilma foi intubada e segue aguardando vaga hospitalar no posto do Coophavila. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ilma foi intubada e segue aguardando vaga hospitalar no posto do Coophavila. (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 55 anos, sem comorbidades e com os braços cheios de netos, Ilma da Silva Gomes tem uma família inteira para falar e lutar por ela aqui fora. Internada com covid-19 no CRS (Centro Regional De Saúde) do Coophavila desde a última quinta-feira (13), Ilma está intubada no posto à espera de uma vaga em hospital e enquanto isso, tem visto seu quadro de saúde piorar.

Com covid-19, Ilma, que é diarista, começou a ter os primeiros sintomas no início do mês, dia 3 de maio. Segundo a família, do dia 7 em diante ela foi todos os dias ao posto de saúde fazer exames e iniciar a medicação. Na quinta-feira da semana passada, dia 13, ela internou e já solicitaram vaga para hospital.

"Ela estava na ala verde ainda, mas no sábado ela teve uma piora e foi para a ala vermelha", explica a filha Nayana da Silva Lemos, de 29 anos.

Depois que Ilma entrou na fila da regulação, por orientação da assistência social do posto, a família também fez o pedido Justiça para conseguir a vaga em hospital. Resposta que ainda não chegou. "Infelizmente esse está sendo o único jeito de conseguir, visto como está a situação nos hospitais", comenta a filha.

Ilma com três dos cinco netos: Pedro Henrique, Heitor e Daniel. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ilma com três dos cinco netos: Pedro Henrique, Heitor e Daniel. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ilma ainda não tinha tomado nenhuma dose da vacina, mas seguia com planos do que fazer quando a pandemia acabasse. "Ela estava terminando a habilitação dela e queria continuar ajudando as pessoas como sempre fez, é muito ativa, está sempre ajudando o próximo", descreve a filha.

A família ainda teve que arcar com medicações, como uma injeção para evitar trombose, pedida no posto e comprada pelos familiares. "Comprei ontem essa injeção e ontem pediram para comprarmos outros medicamentos", diz a filha. Só a injeção custou R$ 130,00.

No pedido da solicitação de vaga, o posto descreve a paciente como prioridade 1, que indica na classificação de risco, "definido como risco iminente de morte, muito urgente, em agravo da doença".

"Ela precisa ir para um hospital fazer principalmente uma tomografia, nem raio-x fez, ali não tem recurso para fazer", apela a filha.

Ilma tem cinco netos que são sua razão de viver. Três de Nayana e dois do filho. A mais novinha e única menina tem um mês de vida. "Ela estava muito feliz com os bebês que chegaram neste começo de ano", conta Nayana.

O Campo Grande News entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para ver se há uma previsão de Ilma ser transferida para um hospital e também quantas pessoas esperam na fila da regulação.

Em resposta, a Secretaria informou que a paciente encontra-se em processo de regulação e que assim que houver disponibilidade de vaga ela será transferida. A Sesau ainda ressalta que, apesar da necessidade de encaminhamento para atendimento especializado, a paciente está recebendo toda a assistência possível na unidade de saúde, sendo monitorada pela equipe de médicos e enfermeiros.

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