Sem gerador, unidade 24h do Tiradentes fica 4 horas no escuro
Posto ficou sem energia das 13h às 17h e pacientes relataram escuridão, calor e espera longa

Centro Regional de Saúde do Tiradentes ficou sem energia das 13h às 17h desta quinta-feira (11), após instabilidade elétrica que deixou o prédio no escuro e interrompeu o atendimento, segundo relatos de pacientes e servidores, em Campo Grande.
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A queda de luz ocorreu sem aviso efetivo aos usuários e afetou salas internas onde havia pessoas intubadas, segundo testemunhas. A situação gerou preocupação porque a unidade 24 horas não opera com gerador e depende da rede elétrica da capital.
A reportagem foi até o local quando técnicos trabalhavam para reestabelecer a entrega de eletricidade. No saguão, a paciente Maria Aparecida Moreira, 49 anos, afirmou que a energia caiu no início da tarde e obrigou os profissionais a chamar os pacientes por planilha. "O posto ficou cerca de 4 horas totalmente às escuras, sem ventilação e com grande calor”.
Ela relatou que procurou atendimento por infecção urinária e que a pressão chegou a baixar durante a espera. "A falta de um gerador deixou o atendimento vulnerável. Havia pacientes intubados no interior da unidade e nós temos pela segurança deles, é uma unidade de saúde”, explica.
Já a paciente Gabriele Neri, 27 anos, disse que buscou atendimento por uma crise de pânico. Ela afirmou que servidores avisaram que o atendimento iria demorar porque a unidade estava sem energia. Ela relatou que estava classificada como caso amarelo, mas “esperou mais de uma hora e viu pacientes desistirem do atendimento após a escuridão”.
Segundo a jovem, a unidade ficou abafada e sem circulação de ar. "O calor aumentou a angústia de quem já enfrentava ansiedade e o ambiente escuro deixou todos sem orientação clara sobre o andamento dos atendimentos”.
A terceira entrevistada, Juciane Medeiros Ramos, 34 anos, disse que buscava atendimento pediátrico para a filha de oito meses. Ela relatou que o calor afetou adultos e crianças que aguardavam sem ventilação. "Uma unidade de saúde desse porte deveria ter um gerador. Estou esperando com as duas filhas sob forte calor. Um ambiente assim faz o paciente sair pior do que entrou”, finalizou.
A reportagem entrou em contato com a concessionária responsável, assim como a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), no entanto, não houve resposta no prazo estipulado de uma hora. O espaço segue aberto para futuras declarações.

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