Acrissul emite nota contra lei que restringe carne em SP às segundas
A lei aprovada pelos deputados estaduais do Estado de São Paulo e que foi à sanção do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), restringindo o consumo de carne em restaurantes e similares em órgãos públicos locais às segundas-feiras, fez com que o setor da cadeia da carne se movimentasse em Mato Grosso do Sul.
Maior PIB (Produto Interno Bruto) do país e Estado mais populoso do Brasil, com mais de 40 milhões de habitantes, São Paulo é também o principal mercado consumidor interno e, por isso, a lei gera polêmica em toda a nação.
A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), entidade representativa dos pecuaristas sul-mato-grossenses, emitiram nota pública repudiante tal lei, de autoria do parlamentar Feliciano Filho.
De acordo com a Acrissul, se acatado por Alckmin, a lei viola "flagrantemente a Constituição Federal, que garante o livre mercado de produtos lícitos no território brasileiro", além de violar o direito de escolha do consumidor e ferir a ordem econômica ao criar mecanismo que impeça a liberdade de mercado.
"A iniciativa é demagógica , discriminatória e oportunista, vez que certamente o deputado atende a interesses de grupos interessados no boicote", destaca a nota, citando ainda que o projeto é uma "aberração, fruto de uma mente alienada, totalmente alheia à realidade".
Para justificar o projeto, Feliciano Filho afirma que a produção de carne bovina afeta o meio ambiente e a biodiversidade e que seu consumo está ligado à ocorrência de doenças do coração, câncer e diabetes.