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Economia

Após alta de 36% em demanda por aluguel, investir em imóveis ainda é bom negócio

Sindicato da Habitação e Conselho Regional de Corretores de Imóveis revelam dados e fazem projeções

Caroline Maldonado | 16/05/2022 07:05
Imóvel residencial com placa informando disponibilidade para aluguel na Capital. (Foto: Kísie Ainoã)
Imóvel residencial com placa informando disponibilidade para aluguel na Capital. (Foto: Kísie Ainoã)

Em 2021, a procura por imóveis residenciais aumentou 36%, segundo o Secovi-MS (Sindicato da Habitação). Isso ocorreu porque muitas famílias preferiram alugar do que investir em casas ou apartamentos. Fazer uma dívida para pagar em décadas era um mau negócio num cenário de pandemia, em que o emprego estava ameaçado.

Com isso, muita gente investiu na construção de imóveis para aluguel, o que ajudou a atender a demanda e os preços ficaram estáveis. O setor da construção cresceu 9,7% em 2021, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Daqui em diante, deve ser diferente com relação a preços, na avaliação do presidente do Secovi-MS, Geraldo Paiva. Os valores podem subir nos próximos anos, fazendo com que o investimento em imóveis para aluguel se torne ainda mais vantajoso.

Perspectiva - Ele explica que a falta e o encarecimento de materiais é o que deve motivar uma desaceleração na construção e, consequentemente, valorizar os imóveis já existentes, porque a demanda vai continuar a mesma.

Presidente do Secovi-MS, Geraldo Paiva. (Foto: Divulgação/Secovi)
Presidente do Secovi-MS, Geraldo Paiva. (Foto: Divulgação/Secovi)

Os materiais já estão caros e escassos. Para se ter uma ideia, o aço subiu 100% nos últimos dois anos. A tendência é continuar aumentando. Construir vai ficar mais difícil e com a demanda se mantendo, os preços de aluguel devem subir. Então, é um bom momento para quem quer investir no mercado imobiliário. Além disso, investir em casa e apartamento pode até dar menos dinheiro do que aplicações, mas é muito seguro”, avalia Geraldo.

Muitas placas de aluguel pela cidade não significam que a oferta está maior que a demanda, conforme Geraldo. “As famílias se preparam para fazer mudanças nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, porque é tempo de férias do emprego e das escolas. Então, é natural ter mais casas para alugar agora. Tudo tem um motivo”, explica.

No último ano, os preços dos aluguéis de imóveis não aumentaram significativamente justamente porque a construção de novas casas e apartamentos aumentou também, equilibrando oferta e demanda, segundo Geraldo.

Os aumentos nos valores não passaram de 10%, mas houve proprietários que aplicaram reajuste menor, conforme o presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Eli Rodrigues.

Presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Eli Rodrigues. (Foto: Divulgação/Creci)
Presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Eli Rodrigues. (Foto: Divulgação/Creci)

Houve aluguel que já estava muito defasado e aí ficou no valor cheio. Teve muita negociação e os reajustes foram avaliados caso a caso. Para os que estavam muito defasados, foi feita correção maior, usando o IGPM, que é a regra dos contratos”, comenta Eli, referindo-se ao Índice Geral de Preços, indicador de preços da economia brasileira.

Comerciais - Para os imóveis comerciais, a projeção é a mesma. Quem precisa alugar para empreender está encontrando preços razoáveis, mas a tendência é a elevação na avaliação de Geraldo.

Da mesma forma que já tem acontecido com os carros usados, por exemplo, quem tem um imóvel para alugar só vai ter vantagens nos próximos anos.

“Se os materiais continuarem subindo, as pessoas vão parar de construir. Aí começa a faltar imóvel e começa a subir o preço dos aluguéis. Em resumo, estou otimista com o presente, mas preocupado com o futuro. Quem construir para alugar agora ou comprar apartamento para alugar vai fazer um grande negócio. Não espere que os preços abaixem. Compre agora, porque vai subir”, projeta Geraldo.

Imóvel comercial para aluguel em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Imóvel comercial para aluguel em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)


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