Após queda em agosto, preço da carne suína sobe até 10% na Capital
Apesar dos índices apontarem no mês de agosto queda no preço, o corte suíno já apresenta custo mais elevado no mês de setembro. Os consumidores passaram a sentir no bolso os gastos na hora de comprar a carne de porco. Porém, em alguns açougues os donos garantem que o preço ainda não foi repassado ao consumidor.
Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado neste mês pela Anhanguera Uniderp, a carne, de maneira geral, foi o item que mais contribuiu para a inflação em agosto, que chegou a 0,24%.
Para o presidente da Associmec (Associação dos Comerciantes do Mercado Municipal), Ronald Kanashiro, a alta no corte suíno já reflete, em média, 10% para os consumidores. Apesar disso, o valor é ainda menor que a alta dos outros cortes, que varia de 13 a 14%, segundo ele.
Em Campo Grande, o preço varia e é possível encontrar o quilo da bisteca suína entre R$ 8,90 e R$ 12,99.
“Eu gosto muito de bisteca de porco e sempre compro, pelo menos três vezes por mês. Em setembro eu percebi que já mudou o preço. Mas já faz um tempinho que a carne aumentou e foram quase todos os cortes”, disse o técnico em refrigeração Edmir Luzeni, 37 anos.
Kanashiro acredita que a alta no preço do corte suíno se deu por causa da entressafra, período entre a colheita, quando o preço fica elevado devido à baixa oferta. “Essa alta dos grãos, dos insumos, impacta diretamente no mercado das aves e do suíno. Isso fez aumentar”, opinou.
Para o fim do ano, o preço ainda pode subir mais, se houver muita procura, segundo Kanashiro. “Temos um consumo simbólico de carne de porco, mas tradicionalmente se consome porco na época do Natal. Se houver muita procura, aí o preço tende a aumentar”.
