ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 23º

Economia

Atraso em repasse e “cartel” comprometem vacinação contra aftosa

Aline dos Santos | 28/11/2013 11:32
Segundo Tereza Cristina, governo vai pedir mais prazo na região de fronteira. (Foto: Cleber Gellio)
Segundo Tereza Cristina, governo vai pedir mais prazo na região de fronteira. (Foto: Cleber Gellio)

A campanha de vacinação contra a febre aftosa enfrenta percalços em Mato Grosso do Sul e o governo estadual deve pedir ao Ministério da Agricultura mais prazo para conclusão, especialmente na fronteira com a Bolívia e Paraguai.

De acordo com a titular da Seprotur (Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, serão solicitados mais 15 dias de prazo. Conforme o calendário, o término da vacinação na região fronteiriça está previsto para 30 de novembro, próximo sábado.

O motivo da prorrogação é o atraso no repasse do governo federal para o Estado, que depende dos recursos para operacionalizar a vacinação.

Conforme a secretária, as doses já foram compradas. O dinheiro é esperado desde fevereiro, mas ainda não chegou. Ao todo, os recursos são de R$ 9 milhões. Porém, o montante não é destinado somente para a vacinação.

Outro fator que prejudica a campanha de imunização do rebanho é o preço da vacina. Segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o preço médio da dose passou de R$0,90 para R$1,50.

O gasto total com a imunização dos 10,8 milhões de bovinos será de R$16 milhões aproximadamente, segundo a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Em Mato Grosso do Sul, são 60 mil propriedades rurais.

A titular da Seprotur relata que o governo estadual tentou auxiliar, com consulta ao Ministério da Agricultura. A alta atrapalha o ritmo da vacinação. “Ficaram dois, três anos sem reajustar o preço, a pedido do governo, e agora repassaram o aumento nos custos. Não tivemos êxito”, afirma Tereza Cristina. Ela salienta que o problema também ocorre em outros Estados.

Em 2005, a descoberta de focos da doença em Eldorado, Japorã e Iguatemi provocou profundo abalo na economia de Mato Grosso do Sul. O Estado teve que cumprir uma série de exigências para retomar o status de área livre da doença.

Uma delas foi a ZAV (Zona de Alta Vigilância), que previa diversas restrições. A área foi criada em 2008 e desativada três anos depois.

Nos siga no Google Notícias