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Economia

Campo Grande é a 2ª cidade com o menor índice de famílias endividadas

Fernanda Yafusso | 17/10/2016 23:05

Campo Grande é a cidade com o menor número de famílias endividadas do Centro-Oeste, segundo a pesquisa Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), divulgada nesta segunda-feira (17).

De acordo com a pesquisa, Campo Grande apresenta um percentual de 56% de famílias endividadas. Ela também é a cidade do Centro-Oeste que possui o menor valor médio de dívidas por família, com R$ 1.203. O primeiro lugar fica para Goiânia (GO), com R$ 1.687.

Em relação às operações de crédito no País, a região Centro-Oeste é a que possui a maior concentração, respondendo por 8,3% do número de famílias e 12,7% das tomadas de empréstimos no sistema financeiro formal, índices que estão abaixo da média nacional.

A pesquisa, que foi realizada entre o ano de 2013 até o primeiro semestre de 2016, e teve como base números do Banco Central do Brasil, do IBGE e da CNC, divulgou também que as famílias da capital comprometem 32% da sua renda com dívidas, superando a média nacional, de 31%.

Segundo a Federação, o patamar em torno de 30% é considerado como um teto para o não comprometimento do orçamento familiar. E segundo os dados divulgados pela Fecomércio-SP, a capital é a segunda cidade da região Centro-Oeste detendo o maior índice de famílias com contas em atraso com 28%, perdendo apenas para Cuiabá com 35%.

Especialistas - De acordo com a economista Daniela Teixeira, para calcular esse índice, considera-se o número de contas em atraso sobre o total de endividamentos, como o endividamento reduziu em 2015, automaticamente a participação desse índice de contas em atraso aumentou.

Foi observado também, segundo a economista, que nessa série de dados a partir de 2014 o comportamento da população de MS se alterou, diante da instabilidade econômica.

"Campo Grande se apresentou como uma das cinco principais capitais que responderam mais rapidamente com uma redução no endividamento das famílias, diante desse cenário. De 2015 para 2016 também foi a capital que apresentou uma das maiores variações positivas do endividamento. Isto ao considerar os primeiros indícios de uma recuperação para o comércio e serviços de MS, ainda que haja uma trajetória longa para a consolidação dessa recuperação. Logo, não, necessariamente, devemos considerar o aumento do endividamento ruim porque aqui temos algumas especificidades dos campo-grandenses. Endividados, mas não inadimplentes".

Daniela afirma também que a pesquisa da Fecomércio de São Paulo confirma essa tendência de aumentos discretos na intenção de compra das famílias. "Uma postura importante, principalmente, ao comércio e serviços, uma vez que estes são responsáveis por 53% do PIB, por 70% dos estabelecimentos e 51% da geração de empregos na economia de MS".

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